sábado, 9 de maio de 2015

Balaço de Alto Astral

Cláudia Raia e Conrado Caputo (Foto: Reprodução)

Chega ao fim a simples "Alto Astral"

Chegou ao fim na noite de ontem (08), a novela "Alto Astral", uma trama simples que conquistou o público, ao ir comendo pelas beiradas, não vimos nada de novo, na trama que foi escrita a partir de uma sinopse deixada pela saudosa e talentosa Andrea Maltarolli que faleceu em 2009. Nos trouxe tudo que uma novela pede: Comédia (que Daniel Ortiz e Silvio sabem fazer muito bem), amores complicados para dar certo, vinganças, duplas identidades, mistérios (que Silvio de Abreu sabe escrever como ninguém), a luta do bem contra o mal, vilões doentios etc. Só faltou o famoso "Quem matou?". Nada inovador, todavia uma trama que agradou bastante ao telespectador.
Como diria o mestre em teledramaturgia Nilson Xavier, autor do site "Teledramaturgia" e colunista do Uol, "Prova de que o feijãozinho com arroz bem feito, agrada". 


O novato Daniel Ortiz estreou na Globo (como autor solo), com o pé direito, ele foi colaborador do mestre e amigo Silvio de Abreu em "Passione" (2010/11) e no remake de "Guerra dos Sexos" (2012/2013) e agora Silvio foi o supervisor de seu texto. Daniel havia escrito novelas fora do país, escreveu "Laços de Ódio" (Televisa) no México em 2003 e "Between Love and Past" (MBC), em 2008, no Emirados Árabes Unidos, sendo a primeira novela no país.

O grande acerto da novela foi o excelente elenco, que foi perfeitamente escalado, imenso destaque para as veteranas  Christiane Torloni (que me fez torcer e amar Maria Inês desde do início, mesmo sendo tão boazinha e nem imaginando o que a cobra da Ursula, fez com ela, porém vimos que Usurla era vilã desde do início). Elizabeth Savalla que parecia no início fazer os mesmos papeis de comédia que faz nas novelas de Walcyr do Carrasco, porém o talento de Savalla nos fez nos apaixonarmos por Tina, que mostrou ser uma grande mãe, mesmo com todos conflitos envolvendo o seu passado com Pedro. Silvia Pfeiter também esta de parabéns, mesmo não sendo tão fã da atriz, ela teve ótimos momentos na pele da vilã Ursula. 
E destacar também o trio Sérgio Guizé (Caíque, foi um herói romântico, bobalhão, mas que agradou imensamente o público, muito pelo trabalho de Sérgio que é um grande ator). Thiago Larcerda como o vilão esquizofrênico Marcos arrebentou, por sinal Thiago merecia novos vilões em sua carreira, se não me falha a memória este é o terceiro. E Nathalia Dill que pra minha pessoa é uma das melhores atrizes da nova geração, tanto que amo todos seus papéis, só detesto a Débora de "Avenida Brasil", mas por culpa da personagem. 

E quero citar uma parte especial para a dupla Pepito (Conrado Caputo) e Samantha (Claudia Raia) que conquistou totalmente o coração do público, que química entre os dois. Eram histórias pararelas dentro da trama principal. Claudia Raia mesmo demorando ao meu ver um semana para entrar no tom da personagem, depois que pegou, caiu nas graças da galera. Seus bordões como "To oca" e "Sabe" serão inesquecíveis. Caputo em sua primeira novela, arrebentou, arrancando todos os aplausos possíveis.

A revelação da novela sem duvida nenhuma é o Conrado Caputo, o "Pepito" será inesquecível. Também quero parabenizar Monica Iozzi por sua estreia como atriz, mandou muito bem em personagem foi transitando do drama a comédia perfeitamente, e Monica me surpreendeu, gostei bastante. Um salve também para Gabriel Goddoy outro estreante, que fez o engraçado Afeganistão, que talvez se fosse feito por outro ator, não teria a repercussão que obteve, sucesso total. Não esquecendo da linda Raquel Fabbri, que fez a Bia, se não me engano seu quarto trabalho na Globo.

Um ponto alto da novela também foi as homenagens que foram feitas as personagens de Claudia Raia, foi um atrativo de  Samanta Paranormal, abusando da metalinguagem. Lembrou de diversos trabalhos anteriores da atriz, como a Lívia de "Salve Jorge" e a Donatela de "A Favorita". Mas o ponto alto foi mesmo a reaparição do Tonhão da "TV Pirata", com direito a caracterização completa. Daniel Ortiz também cita o mestre Silvio de Abreu (seu supervisor na novela), em com a explosão de um shopping envolvendo as personagens de Silvia Pfeifer e Christiane Torloni, que foram um casal em "Torre de Babel".

Adorei as crianças, JP mostrou novamente que tem talento, já havia demonstrado isto em "Além do Horizonte" e Nathalia Costa é muito fofa, nos cativou e nos convenceu em diversas cenas como a pequena Bella. 

Parabéns para "Alto Astral" que resgatou a audiência do horário das sete em 3 pontos, dando um colorido a mais ao horário, que vinha de dois fracassos de audiência "Além do Horizonte" e "Geração Brasil" (Adoro essas duas tramas, que foram ousadas e inovadoras, e as considero até a frente da agora ex trama das sete, que tanto gosto). 

Veja os últimos números do horário:

“Sangue Bom” (2013) – média final 25 pontos
“Além do Horizonte” (2013-2014) – 20
“Geração Brasil” (2014) – 19

“Alto Astral” (2014-2015) – 22 (Fonte: Blog do Nilson Xavier da Uol). 

Estão todos de parabéns, Daniel Ortiz, Silvio de Abreu, Jorge Fernando, elenco.


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