sexta-feira, 6 de março de 2015

Boogie Oogie

Balanço final de Boogie Oogie

Boogie Oogie chegou ao fim nesta sexta-feira (06), primeira novela solo de Rui Vilhena na Globo, antes o autor português que é amigo de Aguinaldo Silva, tinha colaborado com o próprio em Fina Estampa em 2011. Rui mostrou muita qualidade e uma novela que será lembrada por um bom tempo pelo telespectador. 

Embalada pelas contagiantes canções da era disco, que são famosas desde década de 70 até os dias atuais, "Boogie Oogie" tem fortes elementos do folhetim clássico e chegou a ser criticada, principalmente por usar "clichês" como por exemplo a troca de bebês, que foi o mote principal da trama. 
Além do drama das protagonistas Sandra e Vitória, o folhetim apresentou muitas reviravoltas, revelou segredos e teve até atropelamentos em série, cujo culpado só foi descoberto no último capítulo.

Um ótimo elenco, todo mundo bem afiado, Ísis Valverde e Marco Pigossi - muita química em cena. Bianca Bin, a antagonista, esteve muito bem, desta vez não tenho o que reclamar de sua interpretação, finalmente posso elogiar a atriz. 

Destaques também também para Heloíssa Périssé e Fabíula Nascimento que fizeram tipos inéditos em suas carreiras na televisão. Giiulia Gam viveu sua maior vilã na TV e nos brindou com uma atuação fantástica - mesmo que tenha tido "problemas nos bastidores", o que acabou a afastando da trama por algum tempo. Também foi maravilhoso rever Joana Fomm (que devido a problemas de saúde, estava afastada da TV faz tempo), e voltou substituindo Gam num determinado momento. Destaques especiais para Betty Faria e Pepita Rodriguez. A grande revelação do elenco foi Giovanna Rispoli, como Claudia; a menina tem um talento e tanto, tomara que volte em breve a telinha e possa continuar brilhando. Os destaques negativos ficam por conta do papel minúsculo, que deram para Zezé Motta. 
E também para a péssima atuação de Brenno Leone, que interpretou o surfista Rodrigo.
Um texto afiado, cenas rápidas e agilidade na narrativa, que parecia muito uma uma homenagem ao gênero telenovela, tamanha a quantidade de clichês folhetinescos. 

"Boogie Oogie" vai deixar saudades, tem o mérito de ter sido empolgante e divertida, uma novela que prendeu o telespectador e o deixou com vontade de ver mais em cada final de capítulo, desde o primeiro até o último. Mesmo não tendo um aprofundamento algum ao tratar temas da década de 70 como a emancipação feminina, a ditadura do Regime Militar e a Anistia, ainda que a novela tivesse representantes entre os personagens: a submissa Beatriz (Heloísa Périssée), o militar Elísio (Daniel Dantas) e o jornalista Paulo (Caco Ciocler).

Vimos um ótimo último capítulo, cenas emocionantes com, por exemplo, de Rafael dá instruções a Pedro, na tentativa de evitar a tragédia. Com toda a angústia e desespero, Marco Pigossi emocionou o público, conseguindo demonstrar o autocontrole necessário ao momento, na pele do personagem. Assim como na cena da corrida ao local do acidente - tal coo aconteceu com Sandra no primeiro capítulo - nos deixando comovidos quando finalmente soltou o choro.

Vitória que fez de tudo pelo mocinho, chegando até se mostrar uma vilã, acabou se tornando a heroína no final ao salvar a vida de Sandra. O gesto que além de heroico, foi uma imensa prova de grandeza do sentimento que ela tinha por Rafael, mostrando o quanto queria vê-lo feliz e sabendo que isso só ocorreria ao lado da rival.


No último capítulo vimos um inversão de papeis, não tivemos casamento como na maioria, a mocinha não é salva pelo príncipe como de costume nas tramas e sim pela rival, fazendo com que a antagonista se torna-se heroína. O autor também plantou a duvida sobre sobre a relação de Beto (Rodrigo Simas) com Vitória, inclusive, foi outro acerto.

Esse é o relato da primeira novela solo de Rui Vilhena, na Globo. 

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