O sonho da América continua vivo, precisando desesperadamente da vitória ou no minimo de um empate, o Flamengo conseguiu uma vitória heroica, ontem, diante do bom time do Emelec, em Guayaquil, no Equador, além de enfrentar o adversário, também encarou uma imensa torcida, que lotou o estádio, local, onde o Emelec não perdia há 6 meses, desde setembro de 2013, ou seja o Fla também tinha que superar essa escrita, e assim também exorcizar de vez o fantasma do próprio time equatoriano e da Libertadores de 2012, sim o rubro-negro carioca, usou a alma, inteligência, colocou o coração no bicho da chuteira. Foi um jogo histórico em todos os fatores, primeiro foi a centésima partida do Fla na história da Libertadores, segundo se perdesse estava eliminado, terceiro tinha que quebrar a escrita dos donos da casa e quarto se livrar de vez do fantasma de 2012.
Para o duelo decisivo, o time carioca viria sem lateral direito, pois Léo Moura titular absoluto da posição e Léo seu reserva estão machucados, e Digão não esta inscrito na Libertadores, assim como Luiz Antonio, que também poderia atuar na posição; ou seja Jayme de Almeida foi obrigado a improvisar, colocou o zagueiro Welinton, na lateral, para desespero de muitos, que não gostam do atleta e tem pavor só de vê-lo em campo, mas ele foi bancado por Jayme nessa sua volta ao Flamengo. O seleto da Gávea também não contava com Hernane, que se lesionou no duelo da semifinal do Carioca, diante da Cabofriense, no último sábado, assim como também não tinha André Santos, Caceres e Elano, ambos no DM.
Mas o time é um grupo imensamente forte, as ausências de Caceres e Elano, que já não estão atuando algum tempo, vem sendo muito bem supostas. Na "decisão", Jayme escalou Gabriel e Paulinho pelas pontas, onde sabem jogar, principalmente Paulinho, que da o sangue pela equipe. O time começou bem tocando a bola, e aos 8 minutos, achou o caminho, Everton faz excelente cruzamento da esquerda, após receber toque de Paulinho, a bola iria na cabeça de Alecsandro, mas Nasuti tirou a bola com a mão, pênalti claro, que o auxilar ajudou o árbitro a marcar, Nasuti levou cartão amarelo. Alecsandro, partiu para cobrança, com frieza e muita categoria, bateu perfeito no canto direito, do arqueiro Dreer; que se esforçou pra pegar, 1x0 para o Mengão.
O time foi bem na primeira etapa, boa parte dela, evitou a chegada do Emlec em sua área, Felipe só fez uma defesa, aos 28 minutos. Vendo a dificuldade de se aproximar e da deficiência na lateral direita, do Fla, o técnico tirou o volante Corozo e colocou o rápido atacante Caicedo, para dar trabalho a Welinton, que levou vantagem em alguns lances, mas Caicedo é muito rápido e poderia causar perigo.
Para a etapa final, o seleto equatoriano, volta com Bolaños na vaga de Mondaini, para dar mais poder ofensivo, e assim começam a rondar a zaga rubro-negra, com muito mais frequência, deixando a nação, preocupadíssima, aos 13 minutos, Jayme, infelizmente mexe mal, para auxiliar Welinton na marcação, tira Muralha e coloca o garoto Recife, poderia ter deixado Muralha e o invertido de posição com Amaral, mas preferiu saca-lo, e colocar o garoto. Recife infelizmente cometeu uma sucessão de erros, com isso acabou saindo o gol de empate dos equatorianos, após três erros de Recife, Welinton acabou cometendo o pênalti em Caicedo. Stracqualursi bateu com imensa força no meio do gol, empatando o confronto, aos 20 minutos, levando a partida para o desespero, pois eles também precisavam da vitória, era tudo ou nada.
Ficou com mais ares de decisão, a torcida passou a cantar mais, fazendo do local um pequeno caldeirão, e o Fla precisou fazer mexidas, Welinton estava quase morto em campo, mega esgotado, como disse no início da matéria, não tinha mais lateral direito, ou seja colocou o também zagueiro Chicão, por ali, foi com o coração no bico da chuteira, o Fla poderia manter o empate, mas o Emelec queria estragar e trazer novos traumas como fez em 2012, as recordações eram péssimas, estavam na mente, entaladas na garganta e no coração da nação, de alguns jogadores que jogaram aquele confronto, como o arqueiro Felipe.
Depois de colocar Chicão, Jayme faz a última mexida e por sinal, uma substituição iluminada, algo que finalmente deu certo, colocou Negueba, no lugar do cansado Everton. Negueba entrou comendo a bola, fazendo do duelo, o jogo da sua vida, em sua volta ao Fla, São Judas Tadeu resolveu utiliza-lo como instrumento, o menino que também é conhecido por ter alegria nas pernas, jogou muito bem, entrou com espirito rubro-negro, de alguém que merece vestir o manto. O Fla passou a ter um pouco mais a bola, depois de tanta pressão, e teve oportunidades como Paulinho e com próprio Negueba, e foi da dupla, o gol da vitória, o garoto da alegria nas pernas, deu lindo e inesquecível para o rápido e fantástico, Paulinho balançar a rede adversária, aos 47 minutos, colocando fim na angustia, num principio de sofrimento, dando uma alegria imensa para a nação, fechando o caixão.
Agora o Fla trás a decisão da classificação para o Rio, precisa de uma vitória simples na próxima quarta-feira, diante do Leon, do México, no Maracanã, para garantir a vaga para as oitavas de final, da competição. Acredito que 94,5% da vaga já esteja na mão, é só ter tranquilidade, esprito de luta, como teve neste duelo.
Parabéns para todo mundo, e quero mencionar, o meu obrigado a Alecsandro que vem honrando nosso manto, incorporou mesmo o espirito da Libertadores, obrigado ao Negueba; que entrou como um leão, e ao Welinton, mesmo que jogando fora de sua posição e dois meses sem jogar, e cometendo o pênalti, foi um guerreiro, lutou bravamente, até o fim, merece parabéns.
Eu acredito no sonho e você? Até quarta-feira que vem Libertadores, espero um Maracanã completamente lotado.
Os tricolores e vascaínos após o jogo ficaram assim:
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