quinta-feira, 14 de julho de 2016

Quebrando tabu

Cena de amor entre dois homens entra para a história da televisão

Na noite da última terça-feira (12), a televisão brasileira avançou mais algumas casinhas e quebrou mais um tabu, foi ao ar pela primeira vez numa novela uma cena de sexo entre dois homens. E esse grande feito coube a "Liberdade Liberdade", atual trama das onze da Globo. Escrita por Mario Teixeira, a partir das 23 e 10, por cerca de cinco minutos e quarenta segundos, o Brasil parou para acompanhar a linda cena de amor entre André magistralmente interpretado por Caio Blat e Tolentino muito bem defendido por Ricardo Pereira. 

Primeiro conversaram sobre a "segunda natureza" de ambos, depois se beijaram com muita intensidade, finalmente tiraram suas roupas e trocaram carinhos, e suavemente tiveram sua primeira noite juntos.

Para muitos a câmera mais insinuou do que mostrou, todavia, foi bastante clara e forte na exposição dos sentimentos dos dois homens.

Uma cena histórica para nossa televisão, ainda mais quando ainda existe um imenso atraso dos brasileiros sobre a discussão sobre diversidade e um embate entre conversadores e progressistas sobre matéria de moral e costumes.

A cena entre Andre e Tolentino, como já disse será histórica,  nota mil a ao autor Mario Teixeira, a direção, atores e todos envolvidos. Obrigado "Liberdade, Liberdade".

Irei reproduzir para vocês o dialogo antes deste incrível momento da nossa televisão:

André: Você está melhor?
Tolentino: Não. Não estou nada bem, André. Fui humilhado mais uma vez pelo intendente.
André: Deixe o tempo vai passar. E você vai esquecer.
Tolentino: Acho que desta vez não vou esquecer, não. O intendente passa a vida toda a me espezinhar. Trata-me como um cão. Chegou o meu limite.
André: O intendente é um homem cruel. Mas você tem amigos.
Tolentino: Tenho um único amigo. Meu único amigo é você. Você, André, que é um homem sensível, você que entende os mistérios da vida, as voltas que o mundo dá, as surpresas que a vida nos reserva…
André: Surpresas sobre nós mesmos?
Tolentino: Sim. Você mesmo disse um dia. Todos nós temos uma segunda natureza, que às vezes permanece oculta.
André: Mas não para sempre.

Tolentino: Não para sempre…

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