São mais de duzentos anos que separam o Brasil colônia mostrado em "Liberdade, Liberdade", de Mario Teixeira, para o país que conhecemos hoje. Milhões de avanços aconteceram, conquistamos a independência, tivemos o fim da escravidão, o acesso das mulheres ao voto. Algo que jamais pode ser ignorado. Todavia, percebemos que, em alguns pontos, continuamos na mesma tecla. Sofrendo, passando, pelos mesmos problemas. Infelizmente, dois homens se amando ainda é algo que choca a sociedade. O racismo ainda é muito grande, e vemos o cenário político atual, a crise de valores tem a cara daquela época.
A obra dirigida brilhamente por Vinicius Coimbra, mostra que é preciso evoluir, a luta por igualdade é justa, e que a intolerância é um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento. O próprio título da trama já diz "Liberdade, Liberdade".
Coisas que ocorreram há mais de 200 anos, se repetem, a novela serve para que o público possa refletir o que ocorria lá atrás e comprar com o Brasil atual. Naquela época falamos de um Brasil doente, e por incrível que pareça em alguns aspectos ainda vivemos num país doente.
Certas novelas não é baseada na realidade, como afirma o autor Mario Teixeira, é um produto de um sonho. Porém, é inevitável que não exista semelhanças com a vida real.
E exemplos deixam isso bem claro, como a homofobia, uma relação entre dois homens era considerada crime. E ainda assim nos dois de hoje, vemos em diversos cantos gays sendo espancados, assassinados etc.
No Brasil atual, políticos usam o mesmo artificio que Rubião (Mateus Solano), criando novos impostos e colocando na conta do povo.
Inacreditavelmente 128 anos após a abolição da escravidão, ainda vemos o racismo ter espaço na nossa sociedade, no dia a dia.
Ou seja "Liberdade, Liberdade", mostra os velhos problemas de um Brasil, que nos entristece.
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