segunda-feira, 27 de março de 2017

Balanço final de Sol Nascente

(Foto: Ramon Vasconcelos/TV Globo)
"Sol Nascente" termina, sem deixar saudades para muitos

Na última terça-feira (21), foi ao ar o último capítulo de "Sol Nascente", trama das seis da Globo, que terminou como vitoriosa, no quesito audiência.
Os indicies subiram bastante nas ultimas semanas, inclusive fazendo a trama ficar em segundo lugar no ibope entre as produções do horário desde 2013, perdendo a apenas para o sucessão "Eta Mundo Bom" - sua antecessora, classificada como "fenômeno" para os padrões atuais em quesito audiência. Todavia nem sempre audiência e qualidade caminham juntos, e vimos isto em "Sol Nascente"

Como disse outras vezes em meu site e em conversa com amigos (as) em bares e restaurantes, a agora ex trama das seis, nos mostrava uma linda embalagem, fotografia maravilhosa (isto sempre ocorrem em novelas do Whalter Negrão), natureza deslumbrante, ótima trilha sonora e uma direção super competente de Leonardo Nogueira e equipe.

Porém por alguns meses, ficamos nos perguntando do que se tratava a novela, cheguei a chama-la de colcha de retalhos, pois não tinha um padrão, pouca gente sabia realmente qual era o tema principal do folhetim. Não importa se reunia diversos clichês novelísticos, até por que isto é bem comum em diversas tramas, todavia não tínhamos um fio condutor, era tudo muito perdido nos primeiros meses.

Tivemos personagens sem aquele impeto para o telespectador torcer, tivemos alguns erros de escalação, escalações equivocadas, como por exemplo, o casal Bruno Gagliasso e Giovanna Antonelli para o par romântico central (Só depois de um bom tempo que o público foi realmente torcer pra Mario e Alice).

Além de que, no início, ocorreu a acusação de “yellow-facing”, a comunidade japonesa gostaria de ter explicações sobre a escalação de Luís Mello para o papel de Tanaka ao invés de um ator com ascendência oriental  - o que realmente era para ter ocorrido, não desmerecendo Luís Mello, que por sinal tirou leite de pedra para realizar Tanaka, no início da novela. Os autores remendaram com uma explicação, dizendo que na trama que Tanaka era filho de um japonês com uma americana, o que justificava ele não ter traços orientais marcantes. Todavia, todo mundo sabe que isso soou com uma desculpa mais do que esfarrapada. E gostaria muito ter visto um ator oriental no papel.

E a situação de "Sol Nascente" só piorava, Walther Negrão acabou definitivamente afastado devido a sua saúde, ele só escreveu 24 capítulos da trama, todavia em respeito ao profissional demoraram muito para anunciar seu afastamento e não tiram nem o nome dele dos créditos. O mérito todo fica por conta Suzana Pires e Júlio Fischer que escreviam o folhetim junto com Negrão.

Ainda teve o problema de saúde de Laura Cardoso, Dona Sinhá a personagem mais importante da trama e que muitos só assistiam a novela por conta dela.

A emissora estava nervosa com o rumo que as coisas estavam tomando e o Mestre Silvio de Abreu, atual chefão de dramaturgia da Globo, foi chamado para auxiliar e até orientar o destino de alguns personagens - também chamou o veteraníssimo Sérgio Marques para contribuir. Todavia dou mil vezes parabéns a Suzana Pires e Júlio Fischer que seguram o barco de forma competente e segura.

A novela foi melhorando gradativamente, em outubro/novembro tivemos um pouco mais de ação e a partir de janeiro finalmente o público descobriu do que se tratava a história: uma vingança de Dona Sinhá contra Tanaka. As tramas paralelas também ganharam bastante força e faltando pouco tempo para acabar a o folhetim disse a que veio.

E parabéns mil vezes a Laura Cardoso, a Dona Sinhá, a verdadeira protagonista do agora ex-folhetim das seis. 


Média final das últimas novelas das seis no Ibope da Grande SP 

Sol Nascente 21 
Eta Mundo Bom! 27 
Além do Tempo 20 
Sete Vidas 19 
Boogie Oogie 17 
Meu Pedacinho de Chão 18 
Joia Rara 18 
Flor do Caribe 21 









Nenhum comentário:

Postar um comentário

Incrível

 Mexe com meu psicológico. 😍😄