Uma verdadeira sexta-feira, 13, para Espanha, ninguém esperava o que aconteceu na tarde de hoje, na Fonte Nova, em Salvador, um momento histórico para o estádio, para a história das Copas, a atual campeã do mundo, a Espanha foi humilhada pela Holanda, de virada, por 5x1. Jamais alguém poderia imaginar esse placar, obvio que todos perderam o bolão dessa partida, até os mais fanáticos holandeses.
Há menos de quatros anos, tínhamos uma Holanda, perdendo a Copa, diante da Espanha, os atuais vice-campeões souberam esperar para dar o troco, resultado esse que pode até tirar a Espanha do Mundial, se esta não vencer os dois próximos jogos. O confronto entrou para a história, um capítulo marcante das Copas, tenham certeza disso.
Robben, que foi vilão em 2010, hoje deu aula, fez dois gols, Van Persie, que não foi tão brilhante há quatros atrás, também deixou sua marcar duas vezes, numa delas, num golaço de cabeça, gol que empatou o jogo. Casillas, que já foi herói tantas vezes e melhor goleiro do mundo, há alguns anos, hoje foi vilão, falhou em dois gols, no terceiro (gol de De Vrij) num lance por cima, saiu mal (assim como na final da Liga dos Campeões), mesmo que agora possa ter sofrido falta, e no penúltimo gol, quando entregou a bola nos pés de Van Persie, que foi o nome do jogo memorável.
Os torcedores holandês foram ao delírio, gritaram olé, deram um banho de alegria nas arquibancadas.
A Espanha não jogou mal, tanto que for olhar os números, verá que teve sua alma e identidade, deu mais que o dobro de passes dos holandeses, chegou duas vezes a mais com perigo, 60% de posse de bola, mas a Holanda fez um plano fantástico, Louis van Gaal é um ótimo treinador e tem uma time fabuloso em mãos, quando se defendia víamos um 5-2-1-2, já ao atacar tinha-se um 3-4-1-2.
Os espanhóis abriram o marcador aos 25 minutos, Diego Costa, que vinha se movimentando bem no jogo, é derrubado na área por De Vriji, eu a penalidade foi marcada, alguns acharam que não foi, em minha opinião foi. Xabi Alonso bateu e abriu o placar; e quase marcaram o segundo, o genial Inesta, o melhor jogador deles no jogo, faz um passe soberano, para David Silva, na cara do gol, só que este tenta encobrir o arqueiro, Cillessen, a bola saiu por pouco.
Após isso a história começou a mudar, Blind faz lançamento fantástico, e Van Persie, super ágil, faz um lindo gol de cabeça, um golaço, deixando tudo igual, para delirio da torcida.
O trio espetacular: Sneijder, Robben e Van Persie, apareceu ainda mais na etapa final, onde podemos chamar, "Massacre holandês", ou passeio, aula de bola, surra, humilhação ou como vocês preferirem, vimos a Holanda esmagar a Espanha.
O craque Robben fez um lindo gol, recebeu ótimo lançamento de Blind (que também jogou muito), desviou do arqueiro, e fez 2x1. Juro a vocês que me passou um filme de quase quatros antes.
Como já disse acima, o terceiro gol é um pouco duvidoso, Casillas sai mal do gol, mas talvez pudesse De Vrij possa ter feito falta ao disputar o lance com o goleiro, o zagueiro foi o autor do terceiro gol.
A frase "Heróis de ontem, se tornam vilões de hoje" é imensamente verdadeira e vimos isto na tarde de hoje, Casillas que já foi herói tantas vezes, com a bola nos pés, permitiu que Van Persie a roubasse e fizesse o quarto gol, era chocolate, um baile.
E não parou por ai, após lançamento longo, Robben, numa velocidade incrível, lembrando o Euller, o Filho do Vento, ganha de Sergio Ramos numa arrancada sensacional, incrível, fazendo o quinto gol, fechando o caixão do massacre.
13 de junho, ficou na memória da Fonte Nova, de Salvador e da história dos Mundiais.
A Espanha volta a campo no dia 18, quarta-feira, no Maracanã, contra o Chile. Precisa vencer. A Holanda, no mesmo dia, encara a Austrália no Beira-Rio.
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