O falecimento do produtor cultural cabofriense Mateus Pagalidis, após seu desaparecimento em São Paulo, no último fim de semana. Seu enterro foi ontem (06) a tarde no cemitério Santa Isabel em Cabo Frio.
A morte do menino, teve repercussão nacional, ainda mais pela maneira que foi, e todos ainda estão muito chocados, as mensagens nas redes sociais, não param de chegar, para muitos a ficha ainda não caiu. Muita gente demonstrando dor pela perda do jovem.
Segundo Rodrigo Vieira, ainda é difícil de acreditar.
_Ainda é difícil acreditar em tudo que aconteceu contigo, a ficha ainda vai demorar pra cair. Eu sempre achei que um dia eu ia te ver velhinho com sua guitarra e aquele seu jeitão todo espontâneo tocando as sua musicas e que íamos nos encontrar em uma das suas festas, abrir uma cerveja e conversar sobre as loucuras que já tínhamos vivido na nossa juventude.
Você foi um cara incrivel meu irmão, você mudou a vida de todos nós. Não há quem te conhecesse que não passasse pelo "efeito Mateuzin". Você era tão foda que era impossível não se sentir ao lado de um amigo de infância, mesmo que tenha te conhecido por apenas alguns minutos.
Eu me sentia uma pessoa melhor ao seu lado meu brother, você fazia bem para as pessoas, você tinha um sorriso sempre guardado para qualquer um, independente de como o seu dia estivesse ruim.
Você vai fazer uma falta absurda aqui na terra, mas eu sei que não preciso me preocupar, sei que você vai está cercado de amigos aonde você for. Todos "embobecidos" pelo seu único "efeito Mateuzin". Até breve meu amigo, uma hora dessas a gente vai se reencontrar. Muita Luz. Vai em paz.
Segundo Tânia Oda, ele fazia as coisas por amor.
_Conheci o Mateus durante a turnê do Dosh, em 2013. Ele foi uma das dez pessoas que apareceram em plena quarta-feira, Dia dos Namorados, no Studio RJ, numa gradiosíssima cagada de produção que eu fiz (sempre um muito obrigado à namorada mais legal do mundo, Sra. Fernanda Ratto, que estava lá com o namorido). Era um menino MEGA empolgado que queria realizar tudo hoje e amanhã, pra ontem, mas sempre muito humilde e educado, disposto a aprender, produzir, ir buscar piano em outra cidade e carregar nas costas, se fosse necessário, pra fazer acontecer. Quem me conhece, sabe que eu não tenho muita paciência. Mas eu não tenho paciência com gente vazia, o Mateus era de verdade. A energia, a vontade, o acreditar quase inocente, a vontade de fazer parte. Ele era a nova geração. Era a gente ontem, sem os calos e as amarguras. Em poucos anos, ele colocou Cabo Frio no mapa e bancou shows que muito lugar “consagrado” não teve a moral de bancar. Porque o Mateus fazia por amor, não por grana. Nunca fomos próximos, trocamos umas mensagens, uns contatos, mas todas as vezes que nos cruzamos, ele sorriu com os olhos. É uma cumplicidade com quem faz o mesmo rolê que você. Eu posso estar sendo inocente, mas não acho que tenha uma quadrilha dando golpe nas festas de eletrônico e nem acho que tenha sido um menino de rua, dado que colocaram alguma coisa na bebida dele. Eu acho é que tem muitas pessoas que precisam muito de ajuda e já perderam a noção do dano que podem causar por simplesmente não pensarem nas consequências das próprias ações. O mundo anda tão louco que pessoas agem como psicopatas, cometem crimes, e não conseguem ver problema nas próprias atitudes. Um golpe que não custou uma carteira ou um celular – que, tenho certeza, não tinha o menor valor pro Mateus e, certamente, não resolveu a vida de ninguém, – mas custou a vida de um cara muito especial que proporcionou coisas incríveis e, consequentemente, marcou e mudou a vida de muita gente. Descanse em paz, Mateus.
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