quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Balanço final

Caio Castro e Letícia Colin (Foto: Tatá Barreto/TV Globo)
"Novo Mundo" deixará saudades

Encerrou-se na última segunda-feira (25/09), a novela "Novo Mundo", o seu novo mundo das seis, folhetim de maior sucesso, aplaudida pelo público e crítica - merecidamente, a trama obteve média final de 24 pontos no Ibope da Grande SP (as anteriores: “Sol Nascente” 21, “Eta mundo Bom!” 27 - fenômeno para os dias atuais). Foi uma produção extremamente comentada, em diversos lugares, a internet vibrava com a novela no Twitter.

Tivemos diversas qualidades, mostrando o imenso talento dos autores Thereza Falcão e Alessandro Marson (estreando como titulares), a dupla nos apresentou um trama bem escrita, redonda, recheada, com personagens cativantes e atraentes, que conquistaram o público. Conseguiram manter o ritmo, sem perder o fôlego, sem esgotar o interesse ou cansar o telespectador.

Para o autor Nilson Xavier, do site Teledramaturgia, sua única crítica ao folhetim, foi sobre o núcleo indígena.
_Entre as tramas que se cruzaram, uma crítica ao núcleo indígena, que foi perdendo função dentro da novela. Sem levantar bandeira ou suscitar discussões, os índios apareceram em “Novo Mundo” apenas como uma alegoria. Nem os seus direitos ou a posição da mulher na sociedade indígena (como sugeria a personagem Jacira) tiveram uma representação à altura. Esvaziado, o núcleo da floresta destoou do resto. Mas nada que desabonasse a obra.

Uma produção imensamente caprichada, - com cenários, fotográfia linda, trilha sonora, direção de arte e figurinos e caracterização do elenco inesquestionáveis. Um texto brilhante, acompanhado de uma bela direção de Vinícius Coimbra e equipe.

Outro grande acerto foi a escalação do elenco. Para surpresa da grande maioria, posso dizer 98%, Letícia Colin brilhou como Lepoldina, uma interpretação de tirar o chapéu, sem dúvida nenhuma o melhor momento da atriz na TV. Seu papel mais marcante, agora sim, todo mundo sabe quem é Letícia Colin. Sua interpretação, foi à altura da princesa, que para muitos pela primeira vez, Leopoldina teve seu retrato na dramaturgia o seu devido valor no processo da Independência. Já que em outras obras - como nas as minisséries “Marquesa de Santos” e “O Quinto dos Infernos” e no filme “Independência ou Morte”, à imagem de Domitila - teve mais destaque.

Letícia Colin foi tão maravilhosa, esplendorosa, que fez parte do público esquecer a mocinha Anna, vivida por Isabelle Drummond.

Quem também brilhou e surpreendeu a todos com a caracterização da grotesca e engraçada Germana, foi Viviane Pasmanter, um tipo único e inesquecível, nunca vimos Vivi num papel assim. Para o cozinheiro Ray Jorge, que reside em Cabo Frio, este foi o melhor papel da atriz.
_Já vi Vivi em diversos papeis, mas este pra mim é seu melhor momento na TV, estou completamente impressionado com sua atuação, Germana entra pra história dos recentes folhetins.

Na minha concepção ao lado de Letícia Colin e Viviane Pasmanter, quem merece um prêmio por sua atuação é Ingrid Guimarães (esta também viveu seu melhor momento na telinha) (“Elvira Matamouros, grande atriz!“); sendo resposável por momentos de muitas risadas.

Jamais vou esquecer de Caio Castro (Dom Pedro), Felipe Camargo (José Bonifácio), Gabriel Braga Nunes (Thomas), Roberto Cordovani (Sebastião Quirino), Júlia Lemmertz (Greta) e Leopoldo Pacheco (Fred Sem Alma), em grandes momentos.

No Rio de Janeiro, o último capítulo de “Novo Mundo” também bateu recorde, com 32 pontos de média e 50% de participação. A média geral da novela na capital carioca foi de 26 pontos e 45% de participação.
A trama obteve 22,2 mil depoimentos em que o público parabenizou a produção e se disse emocionado com seu desfecho. O Twitter dedicou um Moment para a conclusão da narrativa, que conquistou mais de 10 mil pesquisas no Google.

Os internatutas não deixaram de elogiar o elenco, além de afirmarem que sentirão saudades. Leopoldina foi exaltada e recebeu depoimentos de carinho do público, que afirmou que a atriz Letícia Colin foi consagrada com o papel. Muitos tuiteiros se arrepiaram após Piatã prever a destruição da Floresta Amazônica e celebraram a excelência da cena.

Segundo Nilson Xavier, a novela não tinha pretenção de dar uma aula de história.
_Sem a pretensão de ser uma “aula de História”, “Novo Mundo”, além de entreter, despertou no público o interesse pela História do Brasil, o que, por si só, já foi um mérito e tanto.

Entra para o rol das melhores novelas dessa década. Como diria Elvira Matamouros, “Novo Mundo, grande novela!“











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