sábado, 16 de fevereiro de 2019

Curiosidades

Fez história

Na última terça-feira (12), perdemos uma das maiores lendas do futebol, o ex-goleiro inglês, Gordon Banks, campeão mundial em 1966 com a Inglaterra, em casa, e autor da defesa do século, numa cabeçada do Rei Pelé, na Copa de 1970.  A carreira da lenda, que vem sendo homenageado de diversas formas nos jogos da Copa da Inglaterra deste fim de semana, é muito mais vasta do que esses dois momentos que marcaram parte da história do futebol mundial.

Abaixo algumas curiosidades sobre a carreira do mito:

Contrato na 1ª divisão por £ 7 mil

Banks teve sua primeira chance num time profissional em 1958 no Chesterfield FC, clube hoje da quinta divisão da Inglaterra. O bom desempenho gerou interesse do Leicester, que desembolsou na época £ 7 mil, hoje equivalentes a pouco mais de £ 160 mil (perto de R$ 780 mil) com a correção da inflação. Foi o clube que ele mais defendeu na carreira, com 356 jogos ao longo de oito temporadas. Até hoje é o único campeão mundial com a camisa do time.

Sempre a Escócia

Gordon Banks chegou a figurar na lista inicial de convocados para a Copa de 1962 sem nunca antes ter sido chamado para a seleção da Inglaterra, mas acabou cortado da relação final. A estreia oficial pelo país foi em 1963, em derrota por 2 a 1 num amistoso contra a Escócia. Também seria contra os escoceses o último jogo dele pela seleção: vitória por 1 a 0 em Hampden Park em maio de 1972.


Defesa do Século?

Apesar de ser a mais famosa da carreira de Gordon Banks, a defesa da cabeçada de Pelé não era a que o ex-goleiro considerava a mais difícil da carreira. Para ele, a mais complicada foi com a camisa do Stoke City: um pênalti cobrado por Geoff Hurst, do West Ham, na semifinal da Copa da Inglaterra de 1971/72. O jogo foi em 15 de dezembro de 1971.

A vingança de Montezuma

Titular nas três partidas da primeira fase da Copa de 1970, Banks ficou fora do jogo das quartas de final, que selaria a eliminação inglesa no México. O goleiro sofreu com o que foi batizado de “Maldição de Montezuma”– em bom português, sofreu um piriri daqueles - e deu lugar a Peter Bonetti no time. A Inglaterra abriu 2 a 0 diante da Alemanha Ocidental, mas sofreu a virada e perdeu por 3 a 2.

Ídolo máximo do Stoke City

Em frente ao estádio do Stoke City há uma estátua de Gordon Banks de bronze, em tamanho real, carregando a taça Jules Rimet, em alusão ao título da Inglaterra de 1966. Ela foi inaugurada em 2015. O goleiro é um dos símbolos do único título expressivo da história do clube, o da Copa da Liga de 72. Nesta terça-feira, o local recebeu diversas homenagens dos fãs.

Por que não Sir?

Chamado de Sir pelos torcedores do Stoke City, Gordon Banks nunca recebeu o título de cavaleiro da coroa britânica. Do time campeão em 66, apenas Sir Geoff Hurst e Sit Bobby Charlton, além do técnico, Sir Alf Ramsey, receberam a honraria. Banks foi agraciado com a Ordem do Império Britânico (OBE), um título mais baixo nesta hierarquia.

Retina perfurada e centenas de pontos

Um dia depois da derrota do Stoke City para o Liverpool pela temporada 1972/73 do Campeonato Inglês, Banks dirigia para casa quando tentou uma ultrapassagem. Ao ver um carro vindo rápido na direção contrária, ele tentou frear e voltar para a própria pista, mas não houve tempo de evitar a batida. Quando acordou no hospital, soube que fragmentos de vidro perfuraram a retina do olho direito, gerando perda total da visão. Estima-se que, no total, ele tenha levado mais de 200 pontos no rosto.

Melhor goleiro com uma vista só

O jogo contra o Liverpool seria o último de Banks pelo futebol inglês, e ele anunciaria a aposentadoria no verão de 1973. Mas em 77 ele voltaria aos gramados por um ano. Foi jogar nos Estados Unidos pelo Fort Lauderdale Strikers, pelo qual foi campeão de divisão e eleito o melhor goleiro do ano – mesmo com apenas a vista esquerda boa! Ainda jogaria uma vez pelo St Patrick’s Athletic, da liga irlandesa, até encerrar de vez a carreira.

Gol de pênalti camarada

Em 2000, pouco antes da demolição do estádio original de Wembley, Pelé e Banks se reencontraram em campo. Já aposentados há bastante tempo, os dois reeditaram o duelo da Copa de 1970 de forma simbólica, em uma cobrança de pênalti. Nenhum dos dois estava de uniformes, mas Banks ao menos usava luvas. Pelé, de terno, chutou, e o inglês gentilmente deixou a bola passar. O brasileiro nunca havia marcado no estádio.

Parabéns a Grohe

Em 2017, Banks participou do sorteio dos grupos da Copa da Rússia. Abordado pela imprensa brasileira, assistiu à defesa do goleiro Marcelo Grohe, do Grêmio, na semifinal da Taça Libertadores daquele ano, contra o Barcelona de Guayaquil – um chute à queima roupa em curta distância.

– Foi uma boa defesa. Ele bloqueou muito bem, cobriu o máximo que pôde, porque o atacante estava a poucos metros da linha do gol. Então, ele cobriu o máximo que era possível para bloquear qualquer chute. E fez essa defesa incrível – disse o inglês.

O início do adeus

Em 2005, devido a um tumor, Banks precisou retirar um dos rins. Dez anos depois, o ex-goleiro anunciou que o outro rim também estava com um tumor. A luta contra o câncer o acompanhou nos últimos anos de vida. A família disse que a morte do campeão mundial foi tranquila, durante a noite.

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Incrível

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