Obra prima
marca o horário das seis
Chegou ao
fim ontem (15), “Além do Tempo”, o seu novo tempo das seis. A trama
dividida em duas partes conquistou o Brasil de uma forma impressionante. A
primeira fase vivida no século 19, muito comentada e elogiada por todos; devido
ao brilhante texto da autora Elizabeth Jhin, da direção caprichada e competente
de Papinha (Rogério Gomes) e Pedro Vasconcellos, além do grande elenco, com
super destaque para Irene Ravache e Ana Beatriz Nogueira, em ambas as fases,
engolindo as “verdadeiras” protagonistas Alinne Moraes e Paola Oliveira; não
desmerecendo o lindo trabalho dessas, mas Irene e Ana foram absurdamente
perfeitas.
O trabalho
foi equivalente a fazer duas novelas em uma. Algo um pouco ousado para o horário,
ao se fazer uma passagem de mais cem anos. O balanço que faço desta linda trama
é imensamente positivo. Mesmo que, alguns fãs apaixonados pelo charme da
primeira fase, produção de época e se sentirem órfãos, tenham feito algumas
críticas a segunda fase.
Como na
grande maioria das vezes, ocorre num folhetim clássico, o amor vence em
"Além do Tempo". A tragédia que marcou o salto de mais de cem anos
entre a primeira e a segunda fase da novela por pouco se repete, mas
Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso) finalmente tiveram seu final
feliz no último capítulo.
Como diria o
autor Nilson Xavier, inverter os papeis em encarnações diferentes, foi algo
muito original. – “Muito original a premissa de “Além do Tempo'' – a novela das
seis, de Elizabeth Jhin, que terminou nesta sexta, 15/01 – inverter os papeis
dos personagens em encarnações diferentes, de vilão a vítima (e vice-versa),
para o julgamento do público. Culpado ou inocente? Ou nem tanto? O maniqueísmo,
tão inerente às telenovelas, tem aqui uma reviravolta sui generis: o mau em uma
vida ficou bonzinho na outra, com as maldades justificadas e, por fim,
expiadas. Desta forma, a autora propôs uma espécie de nova configuração do
maniqueísmo".
Concordo com Nilson Xavier, quando ele cita o elenco, fomos brindados com atuações magistrais e papeis marcantes. O elenco está de parabéns e cito nomes que deixarão saudades devido a suas atuações, como, Luiz Carlos Vasconcellos, Júlia Lemmertz, Paolla Oliveira, Emílio Dantas, Dani Barros, Nívea Maria, Louise Cardoso, Juca de Oliveira, Zé Carlos Machado, Luís Mello, Inês Peixoto, Mel Maia, Leticia Persiles etc.
"Além do Tempo" deixará muitas saudades, e digo a vocês que é a melhor novela da Elizabeth Jhin. E para muitos uma das melhores do horário, em tempos de crise, a audiência e a repercussão foram muito satisfatórias. Uma verdadeira obra prima.
Melhor atriz: Irene Ravache
menção honrosa: Ana Beatriz Nogueira
Melhor ator: Luiz Carlos Vasconcelos
menção honrosa: Juca de Oliveira
Melhor personagem: Vitória
Melhor casal: Gema e Raul
Personagem chato: Alex
Melhor cena: São tantas, mas posso citar o reencontro de Emilia e Vitória na primeira fase.
Fica aqui o meu registro sobre esta obra prima, que deixará imensa saudade. Por mim "Além do Tempo" merece ter um DVD.
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