segunda-feira, 22 de junho de 2015

Carlinhos faleceu

Obrigado por tudo Carlinhos. A manhã dessa segunda-feira (22), não começa nada feliz para mais de 40 milhões de pessoas, ou seja a Nação Rubro-Negra esta de luto, pois acordamos com a notícia de um dos maiores MITOS da história do Flamengo. O ex-jogador e treinador Carlinhos, aos 77 anos, com diversos problemas de saúde que vinha sofrendo nos últimos anos. A elevação da taxa de ácido úrico causou problemas de cicatrização, obrigou a amputação de um dedo do pé, gerou complicações no sistema circulatório, perda de memória e, além disso, complicações na carótida e a necessidade de colocar pontes de safena. A história de Luís Carlos Nunes da Silva, o Carlinhos Violino, no Flamengo é uma das mais lindas. Foram 880 jogos, sendo 567 como jogador e 313 como técnico. Como jogador, era um craque, futebol refinado, tinha uma classe ao tocar a bola. Ganhou um Rio-São Paulo (1961) e dois Cariocas (1963-1965), já como treinador conquistou Campeonatos Brasileiros (1987-1992), três Cariocas (1991-1999-2000) e uma Mercosul (1999). Um homem integro, com um caráter como poucos, a fala era sempre mansa. Seja quando se reunia com os amigos para um chope nas resenhas que fazia no La Mamma, restaurante que fica ali perto do Fla na Gávea ou seja na Boca Maldita, cantinho do próprio clube, onde os notáveis se reuniam para discutir passado, presente ou futuro. No clube ganhou o apelido de Violino e fez mais do que nome na história, é um dos jogadores mais respeitados de todos os tempos, quem tem o apelido de Violino não é pouca coisa não. A nação rubro-negra chora sua morte nesta segunda-feira. Quando garoto ainda no clube e iniciando sua brilhante carreira profissional, Carlinhos recebeu nada mais, nada menos, que as chuteiras do Biguá, um dos maiores laterais-direitos do Flamengo, tricampeão carioca em 1953-54-55 e um dos deuses da raça, que naquele momento encerrava sua trajetória. Também cito outro momento inesquecível da carreira do Violino, em sua despedida dos gramados, deu suas chuteiras em 1970, para um menino franzino, magrinho, loirinho, promessa dos juvenis, que mais tarde se tornaria o maior jogador da história do Flamengo, sim Violino, deu suas chuteiras para Arthur Antunes Coimbra, o Zico. São tantas glórias, o maestro Carlinhos foi o oitavo que mais vestiu o manto, 567 jogos. Formou um meio campo fantástico e inesquecível com Nelsinho e Gérson. Em 1963 na final do Carioca, diante do Fluminense e do maior público do Maracanã em jogos entre clubes (177.020 pessoas. Oficialmente, o total de torcedores chegou a 194.603.), comandou a equipe com sua habilidade e liderança em campo no empate que deu o título. Já pela Seleção, Carlinhos só jogou uma partida. Lamento pela Seleção que não deu chances a este monstro sagrado da história do futebol brasileiro. O Violino jogou um amistoso contra Portugal em 1964. E quase foi a Copa do Mundo, no Chile, em 1962, poderia ter sido campeão mundial com a Seleção. Em 1962 o então treinador, Aymoré Moreira, convocou 41 jogadores para a preparação, desses só 22 foram ao Chile. Querendo equilibrar os convocados de Rio e São Paulo, a comissão técnica, preferiu levar Zequinha, do Palmeiras, em vez de Carlinhos, para ser o reserva de Zito. Um tremendo absurdo, até por que Violino jogava mais bola que Zequinha e inclusive poderia substituir Zito a altura. Infelizmente são coisas do futebol, quem perdeu foi a Seleção, que não teve em sua história este MITO. Na época que jogava, era tão elegante, um meio campo clássico, e ainda ganhou o Prêmio Belfort Duarte, dado na época a jogadores que nunca foram expulsos de campo. Quando se tornou treinador, nunca perdeu a classe e raramente subia a voz com os atletas, em suas sete passagens na Gávea. Em 2011 devido a sua linda história, foi homenageado na Gávea, local que frequentava quase diariamente mesmo quando não estava a serviço. Um busto com a imagem de Carlinhos foi construído, em 2011, ao lado de onde se reunia com amigos para jogar carteado. O local ganhou o nome de "Praça Carlinhos". Ele merece todas as homenagens do mundo. Obrigado Carlinhos. Carlinhos era o típico cara que podia viver pra sempre, ficar lá na lanchonete da Gávea jogando o gamão dele e contando histórias. Eis que sinto, de novo, a morte de alguém que não era do meu círculo como se do meu círculo fosse. Muito triste. Você percebe o quão importante foi e é Carlinhos Violino para o Flamengo quando vê seu pai chorando no quarto pela noticia da morte dele. Novamente o meu muito obrigado. Patrocinador:

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