segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Fla bate o Botafogo nos pênaltis e vai a final

Rubro-negro tem novo herói, “São” Felipe pega duas cobranças

 

Para muito flamenguista tudo voltou ao normal e o ano de 2010 foi atípico mesmo (duas derrotas para o Botafogo, semifinal da Taça Guanabara e final da Taça Rio), na tarde de ontem Flamengo e Botafogo protagonizaram mais um grande e inesquecível clássico; e dessa vez no Engenhão (em jogos do Carioca, já que no Brasileiro as duas equipes já se enfrentaram, no novo palco do futebol carioca), já que o Maracanã esta em obras. Para um público de mais de 30 mil pessoas, como de ser, casa cheia; as duas equipes fizeram um baita jogo. Um primeiro tempo, onde o Flamengo foi um pouco superior, neutralizando as jogadas do Botafogo, marcando muito bem, talvez o melhor primeiro do time comandado por Luxemburgo, até o momento na temporada.

Mais uma “decisão” movimentada, para muitos a final antecipada, e logo de cara, o árbitro Luis Antonio dos Santos, o Índio, aplica cartão amarelo em Willians e Herrera; já provando que o desafio seria uma verdadeira batalha.

O Fogão chegou a assustar, numa cabeçada de Márcio Rosário num córner cobrado por Alessandro, a bola passou assustando a nação rubro-negra. Mas aos 14 minutos, quem da o ar da graça e abre o placar é o seleto da Gávea, Thiago Neves cobra córner e Ronaldo Angelim sobem mais alto que Arévalo Rios e abre o marcador, para delírio, Angelim volta a marcar um gol decisivo (ele que fez o gol do título brasileiro em 2009).

Jefferson evita o segundo rubro-negro, Thiago Neves volta aparecer e chuta forte, o arqueiro alvinegro defende bem. O jogo ficava lá e cá, aos 29 minutos, Loco Abreu coloca de cabeça na área e Márcio Azevedo aplica uma linda bicicleta para a defesa de Felipe.

Mas a etapa inicial estava mesmo com a cara do time liderado por Ronaldinho Gaúcho, que ainda teve mais duas chances de ampliar, o zagueiro David serviu Léo Moura, porém dentro da área o lateral soltou a bomba, mas subiu demais. Aos 42, R10 faz excelente jogada, lança Fernando, o volante evita a bola sair pela linha de fundo e cruza perfeito na cabeça de TN7 que cabeceia e Jefferson faz uma defesa espetacular, fantástica mesmo que teve até os cumprimentos do camisa 10 rubro-negro. O “Homem de Gelo” novamente brilhava no campeonato, provando que hoje é o melhor goleiro do Brasil.

No intervalo Joel Santana modifica o Glorioso, tira o ineficiente Márcio Azevedo (pelo menos no confronto de ontem), pois é o melhor lateral da Taça Guanabara. E coloca o meia Everton (ex-jogador rubro-negro, jogou no Fla em 2008/2009), visto que joga também na ala esquerda e até no ataque. Everton coloca muito mais movimentação a equipe.

A modificação surgiu efeito muito rápido, e logo o Alvinegro empatou uma grande pressão, Herrera ajeita com categoria para Loco Abreu, que bate com perfeição, o arqueiro Felipe faz grande defesa; era apenas o ensaio do gol de empate, aos 3 minutos Alessandro rolou para Loco Abreu, a zaga rubro-negra erra a linha de impedimento e o uruguaio bate com categoria sem chances para o goleiro.

Falando no uruguaio ele infernizou a defesa adversária, voltando a forma com força o chamado Ataque Mercosul: Herrera e Loco Abreu (ataque que acabou com o próprio Fla na final da Taça Rio em 2010, dando o título ao Alvinegro).

Vendo a movimentação e o auto crescimento do Bota no desafio, o comandante Luxa resolver mexer, e tira o inoperante atacante Deivid e coloca o meia/atacante Negueba (novo xodó da torcida) dessa forma colocando Ronaldinho Gaúcho como centroavante.

Negueba deu um baile, colocou bola de baixo das pernas, deixou Arévalo Rios sem pai e sem mãe, colocou uma bola perigosa passando perto do gol de Jefferson.

O Bota também voltou a assustar, Everton chuta forte cruzada, a bola passa pela cabeça de Loco Abreu e rente a trave de Felipe.

R10 que até o momento fez sua melhor partida com a camisa rubro-negra, merece nota 8 no clássico, protagoniza um lindo lance, se livra de Somália com o corpo e bate de direita no cantinho, a bola iria morrer no fundo das redes, o que possivelmente daria a vitória ao Fla, mas o “Homem de Gelo” estava lá e fez uma linda defesa, salvando de vez o Alvinegro, de perder no tempo normal. “São” Felipe também evitou, numa bela cobrança de falta de Renato Cajá, mais um jogo emocionante.

Os botafoguenses como sempre em clássico com o rubro-negro, nos últimos cinco anos, reclamam de pênalti e desta vez não foi diferente; diz que Renato Abreu colocou a mão na bola pelo amor de Deus o lance foi involuntário, foi bola não mão e não mão na bola, simplesmente raspou no braço dele. Felizmente o árbitro Índio interpretou de forma coerente o lance. Falando no zelador das regras do desafio, mas uma atuação fraca e diversos erros, não aplicando cartões para diversos atletas das duas equipes.

Com isso novamente a decisão foi para as penalidades, revivendo os anos anteriores e mostrando que Fla x Bota é o clássico mais forte do Rio nos últimos anos.

Nos pênaltis começa-se a epopéia de um novo ídolo, um herói, acabando de vez com a saudade do torcedor do ex-goleiro Bruno (preso em 2010), que foi “objeto” de grande paixão do torcedor. “São” Felipe pegou duas penalidades a de Everton e Somália, não vou ficar aqui dizendo que eles bateram mal e que pênalti é loteria, por que isso não existe, eles poderiam ter batido melhor sim, mas Felipe tem todos os méritos, esteve muito bem posicionado. E Renato Cajá bateu, deslocando o rubro-negro, só que a bola foi para fora. Os gols foram Léo Moura, Renato Abreu e Fernando, apenas Márcio Rosário assinalou para o Bota.

Uma linda festa rubro-negra, parando o Engenhão, o arqueiro saiu como herói e foi ovacionado pela torcida, tudo indica que seguira o mesmo caminho de Bruno, dentro das quatro linhas. Não desmerecendo o Alvinegro, mas Fla foi mais competente. Agora é aguardar o domingo que vem e encarar o Boavista na grande final. Já a equipe de “Papai” Joel, tem que concentrar na Copa do Brasil e na Taça Rio.

 

Notas do jogo confronto:

 

Flamengo:

 

Felipe – 10

Léo Moura – 7,5

Wellinton – 6,2

David Braz – 6,7

Ronaldo Angelim – 7,4 (Diego Mauricio) – 6,9

Fernando – 6,8

Willians – 7,2

Renato Abreu – 6,4

Thiago Neves – 6.9

Ronaldinho Gaúcho – 8,0

Deivid - - 5,3 (Negueba) – 7,8

 

Técnico: Vanderlei Luxemburo – 8,0

 

Botafogo:

 

Jefferson – 10

Rodrigo Mancha – 6,4

Antonio Carlos – 6,4

Márcio Rosário – 6,5

Alessandro – 7,0

Arévalo Rios – 6,9 (Araruama) sem nota

Somália – 6,9

Renato Cajá – 7,0

Márcio Azevedo – 5,0 (Everton) 7,7

Herrera – 6,9 (Caio) – 6,3

Loco Abreu – 7,8

 

Técnico: Joel Santana – 7,6

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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