segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Balanço final

Chegou ao fim o seu lacre das nove

Na última sexta-feira, 20, foi ao o último capítulo de "A Força do Querer", muito conhecida nos grupos de TV no wapp, como o seu lacre das nove. A trama de Glória Perez foi quase perfeita, mobilizando a audiência, cumprindo o seu papel com louvor, mexendo com o país e recolocando o horário nobre da Globo de volta no trilho, após uma forte crise de uns dois anos.

A novela chegou bem perto de unir todas as tribos, mas uma coisa é certa, foi a novela mais vista e comentada desde "AVenida Brasil" (2012). Impossível ficar indiferente a este mega folhetim que parou o país, em diversas ocasições. Foram elogios e críticas de todos os lados, e Glória calejada e mais do que sábia, sempre soube rebater todas as críticas. Como, por exemplo, da interpretação de Fiuk - o maior erro da autora, uma escalação completamente infeliz, para um papel tão importante. Quem ficaria muito bem seria Caio Castro, que conseguiu superar todas as merecidas críticas que sofria; todavia, estava em "Novo Mundo", outro que também poderia fazer este papel seria Jose Loreto. Infelizmente Fiuk foi a pior coisa da novela (se é que podemos elogiar alguma cena dele, acredito que só uma, a qual vê Ivan/Ivana após a surra que este (a) tomou, e os dois conversam, esta foi a unica cena que o ator esteve bem).

Também ocorreu críticas, dizendo que a trama fazia apologia ao crime e glamorizarão da bandidagem - em referência à história de Bibi Perigosa, magistralmente interpretada por Juliana Paes. Não vi apologia nenhuma, o que vi foi a realidade, misturado com ficção - o que é normal em qualquer novela; só que sempre terá um o outro que não sabe realmente o que é realidade e o que é ficção; com isso fazem críticas que não existem.

A autora estava inspiradíssima, coloca a novela entre as mais vistas nos últimos anos, voltou com a corda toda. Conduziu a história brilhante, uma habilidade impar, aliado a uma direção fantástica de Rogério Gomes, o Papinha (primeira vez que trabalha com Glória), Pedro Vasconcelos e equipe, além de um elenco incrível - menos Fiuk. Tudo funcionou de forma fabulosa, torço pra que em seu próprio trabalho, Papinha também esteja a frente da direção.

Graças a Deus não tivemos os erros de sua última novela, "Salve Jorge" (2012/2013) - onde não poderiamos defende-las das críticas. Parece que GP aprendeu com os erros, pois dessa vez veio com um elenco enxuto, assim como um enredo também.
Segundo o autor do site Teledramaturgia, Nilson Xavier, Gloria foi hábil na condução dos núcleos.
_Com vários protagonistas, a história foi costurada de forma que os núcleos se cruzassem e os personagens se conhecessem ou mencionassem os outros. A autora foi hábil na condução de seus núcleos, dando espaço a quase todos e criando oportunidade para a maioria de suas criaturas se destacarem em algum momento.


As falhas que aponto, além da escalação de Fiuk, como citei no início do texto. Foram alguns escorregões, como o personagem Yuri (Drico Alves), na tentativa de tornar conhecida a cultura dos cosplayers e levantar a discurssão sobre o perigo do jodo da Baleia Azul; todavia, essas abordagens não ficaram nada legais, foram imensamente rasas e não tiveram conexão com a novela. O ponto positivo de Yuri, foram suas cenas com Dede, principalmente no aniversário deste, que emocionou o Brasil. A outra falha que também cito, foi o desfecho super apressado e sem muitas explicações, do embate de Eurico x Nonato (Humberto Martins e Silvero Pereira), merecia uma explicação melhor. Outra coisa que não me agradou no último capítulo, foi que ficamos sem muitas explicações para o rompimento de Jeiza e Caio (Paolla Oliveira e Rodrigo Lombardi); fora isto não vejo mais falhas no folhetim. Muitos dizem que a falha maior foi a trama de Silvana (Lília Cabral), a viciada em jogo, permaneceu a novela inteira, da mesma maneira e só resolver sua história no último capítulo, claro, que poderia ter resolvido um pouco antes, mas não vi falha nisso, acredito que muito também devido a intepretação de Lília Cabral, que coloca Silvana na minha galeria de melhores personagens da Glória e do horário das oito ou nove - só agora que estou começando a chamar de novela das nove, depois desses anos todos.

Um dos grandesw momentos da novela, foi a abordagem dos transgêneros, deu tudo certo na história de Ivana-Ivan (Carol Duarte), que é uma das revelações do folhetim. A autoria foi imensamente feliz e com muita sutileza nos apresentou um momento emocionante, sem chocar o telespectador, principalmente a ala chata e conversadora, sem causar um estardalhaço. Nos explicou na medida certa e principalmente nos alertou sobre o preconceito, além da ficção; fazendo também um belo trabalho socail. O texto de GP, teve o respaldo da bela direção de Papinha e contou com Carol Duarte super revelação, além dela, Dan Stulbach (mais uma vez provou o super ator que é). Junto com Maria Fernanda Cândido, fizeram um trabalho muito sensível. Junto com o drama de Ivana, tivemos a figura de Nonato, uma grata revelação que é o Silvero Pereira - como diria Eurico (Humberto Matins) no penultimo capítulo, na quinta-feira 19. - "que artista"


Como escrevi outro dia, os coadjuvantes também brilhara, grandes destaques Elizângela (Aurora), Tonico Pereira (Abel), Zezé Polessa (Edinalva), Jonathan Azevedo (Sabiá), Silvero Pereira (Nonato), Karla Karenina (Dita) e o pequeno João Bravo (Dedé).

Já os protagonista, tivemos um show a parte, de Juliana Paes (Bibi), Emílio Dantas (Rubinho), Paolla Oliveira (Jeiza), Marco Pigossi (Zeca), Ísis Valverde (Ritinha), Carol Duarte (Ivana-Ivan), Maria Fernanda Cândido (Joyce), Dan Stulbach (Eugênio), Débora Falabella (Irene), Lilia Cabral (Silvana) e Humberto Martins (Eurico). Personagens completos e que estarão sempre na cabeçã do telespectador.

"A Força do Querer" vai deixar muita saudade. Glória esta deixando o horário com louvor, de um sucesso absoluto.

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