quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Terminou "Haja Coração"

João Baldasserini,. Mariana Ximenes e Malvino Salvador (Foto: Gshow)
Chegou ao fim "Haja Coração" seu colorido das sete

Em sua segunda novela solo na Globo, Daniel Ortiz novamente acertou em cheio e obteve grande sucesso, mesmo que tenha faltado em "Haja Coração" a leveza de "Alto Astral", sua novela anterior, Ortiz usou na trama um forte apelo popular. E como sabíamos o risco de rejeição era muito grande, o autor mexeu num dos maiores clássicos de nossa televisão, "Sassaricando" (1987), do seu mestre Silvio de Abreu. E de muitos não faltaram comparações com personagens marcantes da nossa telinha, como Teodora Abdala, Fedora Abdala e Tancinha.


Foto: Gshow

O colorido das sete (como chamei, as duas novelas de Daniel), terminou na noite de ontem (08/11), e muito bem, mantendo a média de 27 pontos de audiência no Ibope da Grande São Paulo, a mesma da novela anterior do horário, "Totalmente Demais", considerada sucesso nos padrões atuais. A emissora comemora bastante, já que a faixa era problemática, com dois grandes fracassos nos últimos tempos "Além do Horizonte" (2013/2014) e "Geração Brasil" (2014). 


Foi Daniel que recolocou com "Alto Astral" (2014/2015), o horário no trilho. Como disse no início do texto, Dani usou um forte apelo popular, a trama não teve nada de sutil, ao mesmo tempo que colorida e bonita, a abertura também era visualmente poluída, chegando inclusive a doer a vista do telespectador. Tivemos uma trilha sonora popular, vimos da comédia rasgada ao forte melodrama (em alguns momentos a la novela mexicana, Ortiz tem um pegada latina em seu texto, já que escreveu novela no Peru); também observamos um apelo as vezes infantil (em cenas de Fedora) e uma repetição da história da Cinderela, com o casal Shirlei e Felipe, as vilãs de Jessica, Bruna e Carmela, a bondade de Shirlei. Ou seja um apelo pro popular, que caiu nas graças do público, a faixa das sete é para todos os públicos. "Haja Coração" teve um elenco brilhante e uma ótima direção de Fred Mayrink e equipe. 

Shirlei (Sabrina Petraglia), Fedora (Tatá Wernek) e Tancinha (Mariana Ximenes) arrebentaram com o coração do público infantil, as crianças adoraram e vibraram com as três, as tornando as grandes heroínas da trama.


Ainda falando da Tancinha de Mariana Ximenes, conseguiu faze-la se tornar inesquecível, e não a comparo com a Tancinha de La Raia de "Sassaricando" (mesmo que tenha visto poucas cenas desta). 
Ximenes calou os críticos e esteve muito bem no papel, criou uma nova personagem, fez bonito e fez sucesso. Tendo a maior prova disso, foi a torcida nas redes sociais com #Betancinha e #Aponcinha. O público ficou divido com quem a mocinha iria ficar. Acabou ficando com Apolo (para meu desagrado, todavia, o final não foi ruim).

Ainda comentando sobre o elenco, o que posso dizer, todos brilharam, além das citadas acima, cito também João Baldasserini como Beto, que química com Mariana Ximenes, Alexandre Borges e coloco com máximo destaque a   luxuosa participação de Grace Ginoukas e Cristina Pereira, impagáveis como Teodora e Safira Abdala. Como foi maravilhoso ver Cristina Pereira em cena, fantástico, nota 1000.
E não esquecendo de Malu Mader, Carolina Ferraz, Ellen Roche e Renata Augusto, o quarteto brilhou. 

O único ponto negativo do elenco, foi a atuação over de Malvino Salvador (o ator me desagrada em diversos papeis). E senti que Conrado Caputo, foi muito mal aproveitado, é um baita ator, depois de "Alto Astral", merecia mais reconhecimento. Fora isso não vi problemas no elenco.

"Haja Coração" deixará saudades. Que venha "Rock Story". 











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