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Como tenho dito em conversas nas redes sociais, bares e restaurantes, e em casa mesmo,
o humor que Walcyr Carrasco vem desenvolvendo em "O Outro Lado do Paraíso" é horrível,
chega a ser pior que alguns quadros do antigo "Zorra Total" e pra piorar a situação o
mau gosto, ainda debocha de minorias e oprimidos.
Em alguns casos, Walcyr se perdeu
completamente e transformou algumas das protitutas em caccota e a anã Estela (Juliana
Caldas), ficou sem função alguma na trama. A história de Estela poderia ter rendido
muito, mas infelizmente as vezes fazer piada é uma maneira mais fácil de se obter
audiência.
Não quero ser o politicamente correto, até por que nenhuma novela tem obrigação de fazer
campanha social etc. Mas pra piorar o núcleo de Samuel (Eriberto Leão), é o pior de todos,
tenta arrancar o riso fácil, como, por exemplo, (Samuel de calcinha e batom) e trata os gays com piadinhas do tipo “sempre usou cor-de-rosa,
por isso ele gosta de vestir calcinha” ou “Deus não dá asas a cobra” (a mãe, que busca a cura gay do filho, sobre a possibilidade de ele engravidar). Ainda se tem dois meses para Carrasco, enfiar em nossa goela esse humor horrível.
Segundo o autor Nilson Xavier, autor do site Teledramaturgia, este
núcleo, também reforça o preconceito, contra a classe LGBT.
_Esse núcleo “de humor” do Samuel não é só ruim porque não tem graça. É ruim porque também reforça preconceito, estigmatização e estereótipos. Não é mimimi de politicamente correto. Trata-se de um grande desserviço para o país que que mais mata LGBTs no mundo
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