Bia Arantes (Foto: reprodução) | Marina Moschen (Foto: Artur Meninea/TV Globo) |
Foi ao ar ontem, segunda-feira (30/07), o último capítulo de "Deus Salve o Rei", seu folhetim medieval das sete. E a trama querendo ou não terminou com um saldo positivo.
A novela entra para a história como uma das mais pretensiosas já produzidas pela Globo, e como vimos o risco era enorme e o investimento imenso. Vimos os mais modersos recursos de computação gráfica e efeitos especiais, o que pra muitos foi um verdadeiro show de exibicionismo técnico. Sem dúvida nenhuma cenários, figurinos e arte que não deixam nada a desejar ás melhores produções medievais estrangeiras.
Muita gente logo de cara, afirmou que a trama era mirar o público de séries, com temas medievais, como, por exemplo "Game of Thrones"; além de trazer um público jovem, o folhetim me traz Bruna Marquezine e Marina Ruy Barbosa como protagonistas e Tatá Werneck como grande destaques, as três tem uma legião de fãs jovens, pra se ter uma noção, as três juntas no Instagram somam quase 80 milhões de seguidores. A Globo quer a manutenção do público jovem, que parece estar cada vez mais afastado da TV aberta, ainda mais neste horário.
A Globo arriscou e ousou, mudando a tradicional formula da faixa das sete, que na maioria das vezes é comédia (romântica, de preferência). "Deus Salve o Rei" optou por seguir uma linha diferente, parecia uma trama escura. E nela começamos a ver uma sucessão de erros, parecia que o autor Daniel Adjafre (em sua primeira novela solo), estava completamente perdido, tudo parecia acima do tom, a interpretação dos atores (Marco Nanini, Bruna Marquezine acima tom, Caio Blat - de cara amarrada em todas as cenas, Rômulo Estrela falando baixo demais em diversos momentos etc), as falas, um roteiro perdido. Um grande erro da direção, que graças a Deus correu para acertar os erros.
Nos seus primeiros meses, como já disse, muitos afirmaram que a novela era um show de exibicionismo, uma embalagem linda, mas que não tinha conteúdo que conseguisse faze-la seguir em frente. Teve um momento, que cheguei a me perguntar, qual era a história de "DSOR".
Bruna Marquezine modificou o tom (como diria o autor Nilson Xavier do site Teledramaturgia - Bruna estava robótica nos primeiros meses do folhetim), ainda bem que a direção da novela e da emissora conseguiram entender os caminhos errados e conseguiram tomar a decisão para voltar atrás e corrigi-los. Muitos chegaram a estranhar a atuação de Bruna, mas depois das mudanças com uma atuação diferente e naturalista, ela deu a volta por cima e fez de Catarina - uma das melhores personagens da novela, palmas pra Bruna, que foi excelente. E também, aplausos pra direção que concertou os erros.
Ao ficar claro que Daniel estava perdido em seu roteiro, a direção da emissora (leia-se Silvio de Abreu), logo convocou alguém para ajudar a salvar a novela da tragédia (a audiência já estava patinando nesse momento) - e o escolhido foi Ricardo Linhares, que ao lado de Daniel, providenciaram grandes mudanças, como a fome, a peste, a guerra, a morte. Além dos sumiço de vários personagens, vítimas da guerra ou da peste, como Cássio (Caio Blat) - que se não me engano fará a próxima novela do Aguinaldo Silva. Martinho (Guilio Lopes), pai de Amália, e Saulo (João Vithor Oliveira), um soldado. Outra grande mudança, foi a chegada de Alexandre Borges, que foi convocado para ser o grande vilão da novela - a trama ganhou dinamismo e para alegria de todos a audiência subiu.
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