quinta-feira, 28 de março de 2019

Se destacando em dois papéis

Elenco brilha nos dois momentos de "Espelho da Vida"

Como disse aqui recentemente "Espelho da Vida", é a melhor novela atualmente no ar, e de seus pontos alto é o elenco, num trabalho fabuloso  da direção (sob a responsabilidade de Pedro Vasconcelos e Cláudio Boeckel), extensivo à equipe de caracterização, e em total sintonia com o belo texto de Elizabeth Jhin, que consegue magistralmente conduzir os personagens em tramas diferentes - fazendo como se fosse duas novelas numa só - assim como ocorreu na fantástica "Além do Tempo" (2015).

Em "Espelho da Vida", que infelizmente está nos seus momentos finais, boa parte do elenco tem um trabalho dobrado, já que possuem personagens completamente diferentes nas duas épocas. Outros possuem as mesmas características, tendo o mesmo perfil, como a mocinha Cris e a mocinha Júlia (na realidade, a mesma personagem, Cris, em épocas distintas), o mocinho Daniel e o mocinho Danilo, e a vilã Isabel e a vilã Dora.

Nos personagens completamente diferentes, na década de 1930 e na atualidade, que mostra todo o belo trabalho da produção, dos diretores, atores, caracterizadores e preparadores de elenco. A fantástica Irene Ravache (que já brilhou numa novela de Jhin, em "Além do Tempo") na atualidade, na pele de Margô,  uma mulher simples, com o coração de ouro, espiritualizada, doce, é completamente diferente de sua "versão anos 30", Hildegard Breton, uma francesa sofisticada, excêntrica, arrogante, imensamente prepotente.

Outro caso, é Patricya Travassos vive na atualidade uma mulher que suporta as grosserias da filha, esotérica, calma, considerada uma maluquete. Na década de 1930, também carrega no misticismo, põe cartas, mas é amargurada com a vida e menos tolerante com a filha. A atriz traz um outro olhar, mostrando todo seu talento.
Da mesma maneira, Ana Lúcia Torre, Suzana Faini, Júlia Lemmertz, Ângelo Antônio, João Vicente de Castro - que vem arrebentando no presente como cineasta Allan e principalmente no passado onde vive o vilão Gustavo Bruno, que faz o que for possível para destruir a felicidade de Julia e Danilo.

E como digo em todo lugar, nas rodas de conversa sobre o folhetim, no Twitter, o maior ator dessa trama, chama-se Felipe Camargo, num dos seus maiores momentos na TV, como terrível Coronel Eugênio Castelo - por esse papel merece todos os prêmios possíveis, se tivesse hoje um Oscar da TV, ele com certeza estaria disputando e vencendo. Juro que já tentei, mas não consigo ver outro ator fazendo o Coronel. Felipe é tão fantástico, que no papel do presente, faz um tipo completamente diferente, é um imenso trabalho de composição: o malandro boa-praça Américo, nos dias de hoje, de caráter dúbio, sonso, às vezes risível, em contraponto com o cruel Coronel Eugênio que leva um peso até nome.

Estão todos de parabéns, como da gosto assistir "Espelho da Vida"




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