Alline Moraes (Foto: Divulgação/TV Globo) |
Sabemos que "Espelho da Vida" começou lenta inclusive reclamei disto em algumas rodas de conversa, me lembrando um pouco de "Amor Eterno Amor" que também foi lenta em alguns momentos, mas sabia da imensa qualidade de "Espelho da Vida", que infelizmente não conseguiu segurar o público, além de pegar a baixa audiência da TV no final do ano; felizmente ganhou força em 2019, quando Elizabeth Jhin resolveu priorizar o passado na história, ai a novela ganhou um folego imenso e se tornou de vez um novelão, apesar da baixa audiência, vejo que o folhetim conquistou muitas pessoas.
E hoje em sua reta final, é considerada a melhor novela no ar. Abaixo vai 4 motivos para isto.
O elenco é ótimo, bem apoiado na direção (Pedro Vasconcelos e equipe) e no texto primoroso de Elizabeth Jhin, com grandes atuações de Vitória Strada, Alinne Moraes, Irene Ravache, Felipe Camargo, Júlia Lemmertz, Suzana Faini, Patrícya Travassos, Ana Lúcia Torre, Emiliano Queiroz e outros. E o melhor de tudo é que todos do elenco tem a chance de brilhar em algum momento da trama.
Jhin nos traz ingredientes folhetinescos, muito bem trabalhados na trama, que fisgou o público com com mocinhos sofredores, vilões terríveis, amor impossibilitado pelos vilões, segredos, mistérios e paternidades desconhecidas. Elizabeth Jhin como de costume, nos traz personagens memoráveis, e um deles é o vilão de Felipe Camargo – Coronel Eugênio Castelo – o ator é tão convincente que o seu olhar de psicopata justifica as ações do personagem, é um dos melhores momentos de Felipe na TV, sem dúvida alguma. O "quem matou?", apresentado desde o início, é um dos melhores da história das telenovelas.
A produção é de primeira, iluminação envolvente, arte, figurinos e cenários caprichados. Não existe confusão quando uma cena sai do presente, vai para o passado e depois retorna, pois a produção conseguiu alinhar isto perfeitamente. A trilha sonora é de muito bom gosto. É uma novela linda esteticamente e agradável de assistir.
Sua narrativa em duas épocas concomitantes é um diferencial e tanto. Não é inovadora ou inédita no universo das novelas ("O Casarão", no longínquo ano de 1976, já o fizera). Porém, é uma abordagem pouco visitada em teledramaturgia, o que lhe confere o sabor da novidade – a maioria da audiência de "Espelho da Vida" sequer assistiu "O Casarão". E mexe com a fantasia do telespectador, acreditando ele ou não em reencarnação ou universos e dimensões paralelas. É um escape sedutor.
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