quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Cláudio Cavalcanti não merecia ter se despedido das novelas em trama fracassada

Neste artigo, venho tratar sobre o ator Cláudio Cavalcanti, que fez enorme sucesso, já nos deixou há alguns, não merecia ter se despedido das novelas numa trama fracassada. A trama que me refiro é "Amor e Revolução" (2011), de Tiago Santiago, no SBT. 

Depois de escrever alguns sucessos na Record, como "Prova de Amor" (2005), "Caminhos do Coração (2007), sendo seguida por "Os Mutantes" (2008), o autor foi contratado pela emissora de Silvio Santos, onde realizou apenas duas novelas: o remake de "Uma Rosa com Amor" e "Amor e Revolução", que estreou em 5 de abril de 2011. Essa segunda não foi bem-sucedida, como já disse no início do meu texto, foi um folhetim fracassado. 

O folhetim teve 204 capítulos, e além de ter ficado marcada como fracasso, também foi a última novela do fantástico Cláudio Cavalcanti. Ele que foi dono de grandes papeis na nossa TV, em folhetins como "Irmãos Coragem" (1970), "Água Viva" (1980), "Roque Santeiro" (1985) e "A Viagem" (1994), entre outras, o ator estava afastado da televisão desde 2001, quando fez "Roda da Vida", na Record. Na poderosa Globo, ele trabalhou por muitos anos, não pisou mais desde Chiquinha Gonzaga (1999). 

Em "Amor e Revolução" do SBT, ele viveu Geraldo, que era um líder camponês e incentivador das ligas camponesas e sindicatos de trabalhadores rurais. Foi preso e barbaramente espancado por policiais do DOPS. Conseguiu sair da prisão e retornou à atividade revolucionária, pregando a luta armada contra a ditadura.

A obra de Tiago Santiago, nos mostrava uma história de amor durante o Regime Militar. No início, o autor pleitou em cenas de violência e acabou expulsando a audiência. Ele ainda chegou a apelar para o beijo gay de Marcela (Luciana Vendramini) e Marina (Giselle Tigre), beijo este que foi um marco na nossa dramaturgia, mas nem isso adiantou. Destaques nesse folhetim foram Nico Puig e Patrícia de Sabrit; ele, o agressivo Filinto, alvo da vingança da esposa, Olívia / Violeta.

Em diversas vezes, o SBT chegou a ter mais audiência com as novelas mexicanas exibidas durante a tarde do que folhetim noturno da casa e inédito, que requisitou relevantes investimentos. Para se ter uma ideia, foram apenas 4,8 pontos de média no Ibope na Grande São Paulo.

Nilson Xavier, em seu site Teledramaturgia diz o seguinte “Na verdade, o tema Ditadura do Regime Militar não foi o suficiente para segurar o telespectador ante direção de atores e texto deficientes. O autor foi criticado pelo didatismo de seu roteiro. Ele argumentou que, para aquele tema e aquele público, era necessário explicar muitas das situações apresentadas”.

Tiago Santiago chegou a desabafar em seu perfil no Twitter, dizendo que "Amor e Revolução" foi a novela mais difícil de sua vida. A decepção no Ibope foi um dos motivos”. Santiago deixou o SBT após o folhetim.

Após "Amor e Revolução", Cláudio Cavalcanti atuou somente na série "Sessão de Terapia", do canal GNT, cuja temporada foi lançada após a sua morte, ocorrida em 29 de setembro de 2013, aos 73 anos. O ator sofreu um choque cardiogênico, que evoluiu para uma insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos.




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