quinta-feira, 11 de maio de 2023

Primeiras impressões de "Terra e Paixão"

 Promessa de sucesso

Na última segunda-feira (08), estreou sua novela das nove, "Terra e Paixão", o folhetim começou com um assassinato. Tony Ramos tem o intuito de recuperar algumas terras doadas por seu pai, a qualquer custo. Ainda não sei o motivo. Será que descobriu um tesouro escondido naquela região? Ou será uma reserva secreta de nióbio? Temos muitos capítulos pela frente para descobrimos. 

De ante mão, esse foi o estopim para o trama, pois na tentativa de invasão, resulta no assassinato do marido de Aline, interpretada pela talentosíssima Bárbara Reis. Aline, que tem tudo para ser uma das melhores protagonistas do Carrasco. Firme, decidida e carismática, é um excelente fio condutor para a novela. 

Destaque também para o casal de vilões interpretados pelos indefectíveis Tony Ramos e Glória Pires —que pelo menos na estreia ainda não trocaram de corpo. Só esse elenco já garante uma certa estabilidade. 


‘Terra e Paixão’ tem heroína que lembra a protagonista de ‘E o Vento Levou’


Cena do capítulo de estreia apresentou elementos vistos no filme da inesquecível Scarlett O’Hara

O final do primeiro capítulo de ‘Terra e Paixão’ teve um monólogo da protagonista Aline (Barbara Reis). A jovem viúva apalpa a terra vermelha de sua fazenda e faz um juramento.

“Pela terra que eu tenho nas mãos, pelas sementes que vão brotar, pela colheita, pelos tempos de abundância... Ninguém me tira daqui... Deus, olha por mim e por meu filho, Senhor! Me ajuda, eu quero justiça... Essa terra nos pertence. Receba minha vida, o meu sangue, porque o meu coração agora é dessa terra... Ninguém tira essa terra de mim... Pela planta que cresce, pela seiva que brota, por essa terra sagrada, eu vou ficar e eu vou vencer. Vencer!”, disse, em lágrimas.

A sequência lembrou o retorno de Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) à propriedade de sua família, Tara, arrasada pela guerra civil norte-americana no clássico ‘E o Vento Levou’, de 1939.

Igualmente conectada com a terra e tomada por revolta, a aristocrata busca forças viscerais para se levantar do chão e fazer um juramento sob o céu.

“Por Deus, eu juro, eles não vão acabar comigo! Eu vou passar por tudo isto e quando terminar, jamais sentirei fome de novo. Nem eu nem minha família. Mesmo tendo que matar, mentir, roubar ou trair, eu juro por Deus, jamais sentirei fome novamente”, diz em um dos momentos mais dramáticos da história dos filmes de Hollywood.

Cada uma em sua realidade e seu tempo, as duas mulheres estão obstinadas a dar a volta por cima. Têm medo do futuro incerto e, ao mesmo tempo, a coragem necessária para seguir e mudar o destino.


Barbara Reis surpreendeu muitos com performance vigorosa e convincente. Entregou muito mais do que foi mostrado nas chamadas. Ela consegue inserir diferentes sentimentos na personagem: ora sensível e fragilizada, ora potente e impávida.

Aos 33 anos, ela já havia provado seu talento na pele da vilã Débora de ‘Todas as Flores’, do Globoplay. Agora sinaliza ter muita segurança e o carisma imprescindíveis para segurar o bastão de ser protagonista da novela das 21h.

Na maioria das vezes, a mocinha de folhetim é disputada por dois homens. Em ‘Terra e Paixão’ são três pretendentes com perfis bem distintos: o advogado mauricinho Daniel (Johnny Massaro), o agroboy do bem Caio (Cauã Reymond) e o primo pobre Jonatas (Paulo Lessa). Esse quadrado amoroso promete render uma disputa interessante.

Sem nenhuma sutileza, Walcyr Carrasco deu um aspecto de saga épica ao primeiro capítulo. Não economizou no drama. Em alguns momentos, parecia um daqueles folhetins mexicanos deliciosamente exagerados. O novo folhetim da Globo produziu impressão positiva e nos deu muita vontade de acompanhar o desenrolar da trama.





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