quinta-feira, 18 de maio de 2023

Olha que incrível

Texto incrível da pisicóloga Lorrayne Silva


A Solução Mineral Milagrosa - MMS, criado pelo americano Jim Humble, ex-membro da Cientologia e fundador de uma igreja, o produto já é conhecido desde o fim da década de 1990, porém está se popularizando atualmente entre diversos grupos na internet como a nova cura milagrosa de doenças, tais como lúpus, câncer, psoríase, COVID-19 e, até, o autismo. 


No entanto, antes de desenrolar esse fio, é fundamental destacar que o autismo NÃO tem cura, pois o mesmo não é uma doença. O Autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta todas as camadas da vida de um indivíduo, pois a forma que ele assimila o ambiente e as relações é ímpar. O que não significa que ele é passível de uma cura ou de um condicionamento para caber em determinada caixinha social de "normalidade". 


E o que é o MMS e como ele está sendo utilizado no "tratamento" em questão?

O MMS é uma substância perigosa e com alto potencial de intoxicação, que  constitui-se de uma solução formada por dióxido de cloro dissolvido em água e misturados a uma solução ácida, a qual as receitas recomendam que seja da ácido cítrico. Ou seja, o MMS é um alvejante, assim como a água sanitária, sim esses produtos que utilizamos em nossas casas para limpeza e que, se ingerido, pode destruir células do nosso organismo nos levando, inclusive a óbito. A proposta desse possível tratamento enganoso, seria inserir em crianças autistas o MMS via oral ou retal, a fim de curar o autismo delas e vários pais e familiares apresentando relatos que validassem esse método.


Estudos mostraram que camundongos expostos à baixas doses de dióxido de cloro em filhotes tiveram problemas neurocognitivos, com atrasos no neurodesenvolvimento e redução na formação de sinapses cerebrais, bem como possíveis problemas que o produto pode causar na tireoide, estômago, intestino, e até na diminuição do número de hemácias.


Todos estes dados impulsionaram a proibição do MMS em vários países e, no Brasil, tal proibição foi realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em junho de 2018 e quem comercializa essa substância pode ser condenado a até 15 anos de prisão.


Psicóloga Lorrayne da Silva Holanda

CRP 05/67540




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