terça-feira, 10 de agosto de 2021

Primeiras impressões

 

Finalmente foi ao ar

Estreou ontem, segunda-feira (09), "Nos Tempos do Imperador", os primeiros capítulos do seu novo folhetim das seis da Globo, foram gravados há mais de um ano, para a estreia que deveria ocorrer em abril de 2020. Adiada devido a pandemia da Covid-19, e de lá pra cá, com tantas reprises que foram ao ar, graças a Deus é um alívio ter uma trama inédita começando na TV Globo (já tivemos "Gênesis" na Record este ano).

“Nos tempos do Imperador” apresentou seus principais personagens num capítulo empolgante. O que se viu foram belas imagens, além de cenas realizadas de forma primorosa. De volta às novelas, Selton Mello acertou no tom imponente de seu Dom Pedro II. Em poucas sequências, ele já demonstrou boa sintonia com Leticia Sabatella, a Imperatriz Teresa. 

As chamadas já nos dava uma noção do que veríamos,  tivemos imagens belíssimas, em fotografia, cenários e figurinos incríveis. As tomadas aéreas de paisagens brasileiras exuberantes, até à noturna com fogo no canavial e escravos tentando fugir de jagunços. "Nos Tempos do Imperador" é para encher os olhos.

O folhetim é uma continuação de "Novo Mundo" (2017), de Alessandro Marson e Thereza Falcão, com direção artística de Vinícius Coimbra, a trama é ambientada no século 19, e mescla personagens históricos com fictícios. 

A trilha sonora que vai de Milton na abertura, Elis, Clara Nunes e Clementina de Jesus, a Ney Matogrosso e Nação Zumbi cantando Secos & Molhados; é algo incrível, isso tudo isso só na estreia!

As cenas da novela anterior "Novo Mundo" – necessárias – criaram o elo entre uma produção e outra. 

A parte dramática nesse primeiro momento ficou por conta do escravo que presenciou a morte de seu senhor, é acusado, foge, e, baleado, é socorrido por aquela que será sua amada. Temos aí um fio de narrativa que poderá render bem. Não por acaso foi o gancho para o capítulo seguinte.

Uma coisa que me encheu os olhos neste primeiro capítulo, foi Mariana Ximenes, a força da personagem já diz ao que veio, com um olhar e pouco texto. Foram apenas três cenas para termos todo o seu perfil psicológico desenhado. Nos criando boas e grandes expectativas. Um outro grande acerto é Alexandre Nero, que já é uma presença marcante. 

Nas palavras do imperador Dom Pedro II, ao não aceitar a proposta do ditador Solano Lopez, mostra que não é impulsivo, e mostra algo parecido com o Brasil atual. 

“O Brasil nunca se renderá a um ditador. Nunca. Os filhos desse país cuidarão dele, para sempre. Podem até tombar algumas vezes, mas vão se levantar, em nome do Brasil, em nome da liberdade. E eles são muitos. Nascem a cada dia, dispostos a lutar pelo Brasil. E eu, general, mesmo depois de morto, viverei em cada um deles“ 

Vamos continuar acompanhando o novo folhetim das seis! Estão todos de parabéns nesse primeiro momento. 

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Comemoração

 Gérson e Yoná Magalhães, no título carioca do Botafogo em 1968.