segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Primeira semana de "Nos Tempos do Imperador"

 

Irei fazer um balanço da primeira semana de "Nos Tempos do Imperador", seu novo folhetim das seis da Globo. A trama é uma continuação de "Novo Mundo" (2017), porém a proposta narrativa é outra. "Novo Mundo" tinha uma trama aventuresca, de capa e espada, com navio, piratas e as aventuras do herói Joaquim Martinho (Chay Suede); até agora na primeira semana tivemos poucos conflitos com Dom Pedro, o protagonista. 

"Nos Tempos do Imperador" é um outro tempo de narrativa, embasada na figura de Dom Pedro II, que nesses primeiros capítulos foi contemplativo demais, distante de Dom Pedro I, mais humano, repleto de defeitos muito expostos. 

Infelizmente nas redes sociais, vi várias críticas – precoces, porque a trama mal começou – à idealização do imperador, que foi um homem longe de ser perfeito.

Todavia, de acordo com os autores Thereza Falcão e Alessandro Marson,  Dom Pedro será uma figura contraditória. “Não vamos fazer uma novela chapa branca“, afirmou Thereza na coletiva de imprensa. Segundo a autora, a trama vai escancarar algumas contradições, atos e decisões nem tão heroicas do imperador, como no episódio da Guerra do Paraguai.

Em contra partida ao núcleo central do palácio  é Pilar, essa sim a heroína da novela até o momento, que faz as vezes de Joaquim de "Novo Mundo". Vimos uma tentativa de fazer de Jorge/Samuel também um herói. Porém, o negro fugitivo, por enquanto, para muitos, não passa de uma vítima das circunstâncias. 

Uma outra crítica que também vi sobre à novela (também precoce) é a maneira como os negros são representados, como dependentes de brancos salvadores – não só de Pilar, mas também da Condessa de Barral. O núcleo da Pequena África pouco se mostrou até agora. Óbvio que é cedo demais para críticas tão duras. 

Muita gente se pergunta se essas críticas seriam tão duras se a produção fosse uma série gringa na Netflix ou outra plataforma, em vez de uma novela na TV aberta.

Germana e Licurgo fazem parte do público dar risada, porém para outros parece um casal vazio. Muitos curtiram a  inspiração em Madame Mim, da Disney, para Germana!









Pilar e Tonico: Gabriela Medvedovski com certeza nos deu uma das melhores, se não a melhor sequência dessa primeira semana, com José Dumont e Alexandre Nero, quando Tonico vai à fazenda para o noivado com filha de Eudoro e é veementemente rejeitado por ela. A cena do casamento (que não se realizou) também foi excelente. Nero construiu um Tonico com muitas nuances e potencial incrível. Zé Dumont dispensa comentários: é um ator mais do que incrível. 

Gabriela está bastante segura e sua interpretação está ótima, saindo-se muito bem nas cenas com os experientes Dumont e Nero. E melhor ainda: Não lembra a K3, de Malhação.

Foram muitos elogios para Mariana Ximenes na estreia. Todavia também gosto de Letícia Sabatella, como a Imperatriz Tereza Cristina – que provavelmente seria uma pessoa apagada, mas impossível quando é Sabatella que esta ali. Também quero deixar aqui outros dois destaques, que até o momento apareceram pouco, mas que sempre chamam a atenção: Dani Ornellas e Mary Sheila, ótimas atrizes, sempre extremamentes carismáticas!




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Incrível

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