quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Emocionante

Cenas emocionantes na despedida de Ary Fontoura em "Orgulho e Paixão"

Na última quinta-feira (20/09), Ary Fontoura encerrou sua participação na novela "Orgulho e Paixão", numa cena emocionante e que temos que revê-la sempre que possível, a sequência que retratou a morte de seu personagem, Afrânio Cavalcante, o Barão de Ouro Verde. Ary teve em mãos um dos melhores personagens de sua grande carreira na televisão - o prepotente, rabugento, arrogante e preconceituoso barão, que era preso numa cadeira de rodas, com uma personalidade ultrapassada e arcaica - inclusive até pra época em que a trama era passada.

Mas ao mesmo tempo que era tão ultrapassado e mal-humorado, também era imensamente divertido. Ele não tinha medo de dizer a verdade, e tinha comportamento ofensivo durante toda a novela, principalmente quando descobriu que possuía uma filha bastarda, Tenória (Polly Matinho), negra e pobre, e um neto, Estilingue (JP Rufino). Mesmo com seu lado um pouco malvado, o eterno barão se derretia pela família, principalmente pela neta Ema (Agatha Moreira). O que mostrava seu lado humano, quando teve que mudar de rumo, quando a vida lhe deu uma rasteira (perdeu toda sua fortuna, lhe restando apenas o título de barão e a pose), isso o aproximou da filha e do neto.

Também destaco a bela amizade de Afrânio com o jovem carcamano anarquista Ernesto (Rodrigo Simas), e a implicância com Julieta, a Rainha do Café (Gabriela Duarte) - a quem acusava de ter sido a culpada pela perda de sua fortuna. O Barão sem dúvida nenhuma foi um dos melhores personagens de "Orgulho e Paixão". Podemos dizer, sem sombra de dúvidas que todas as suas cenas ao longo do folhetim, foram ótimas. E a bela sequência de sua morte (muito bem concedida e dirigida), nos parece que foi uma homenagem ao ator, quem tem sua marca na história da TV brasileira, com 42 novelas em 56 anos de carreira.

Como já disse Afrânio foi um dos melhores personagens de Ari, jamais irei esquecer - assim como seu Tibério de "A Viagem" (1994), o deputado Pitágoras de "A Indomada" (1997), Ludovico, o "meninão", de "Chocolate com Pimenta" (2003-2004) e o sinistro Silveirinha de "A Favorita" (2008).

Muito obrigado Marcos Bernstein (autor do folhetim) por presentear Ary e ao telespectador com esse papel, que jamais vamos esquecer.

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