Nathalia Dill e Thiago Lacerda (reprodução). |
Terminou na última segunda-feira (24), a novela das seis "Orgulho e Paixão", uma produção que nos apresentou muita fantasia, podemos até compara-la com a "Disney", tamanha semelhança com a famosa produtora de cinema. Vimos uma formula simples, entretenimento, fantasia, com romance. aventura, comédia e música; e tudo isso numa estética bem colorida.
Vimos ons bons serem bons demais e os maus, maus demais; onde no final o bem triunfou pra felicidade geral.
Segundo o autor Nilson Xavier, autor do site Teledramaturgia, o folhetim das seis tem muito a ver com o mundo Disney.
_Os mocinhos são bravos e corajosos, como os príncipes de contos de fadas. As mocinhas, bem, são como as princesas, ou você nunca percebeu que cada uma das irmãs Benedito parece uma "princesa Disney"? Os vilões são caricaturas do do mal, muito próximas dos vilões de desenhos animados: Susana = Dick Vigarista, Petúlia = Muttley, Xavier = Tião Gavião. O que dizer de Lady Margareth, uma perfeita bruxa de conto de fadas, com direito a gargalhada malévola.
A trama foi muito bem absorvida pelo público, visto que fechou com uma média final de 21,5 pontos de audiência no Ibope da Grande SP, dentro do esperado no horário - ainda que inferior ás duas últimas produções, "Tempo de Amar" (22,5) e "Novo Mundo" (24).
Mesmo sendo ambientada na década de 1910, "Orgulho e Paixão" tentou um diálogo com temas contemporâneos, por não ter compromisso com a realidade, tivemos um forte discurso atual. Um dos exemplos disso, era a protagonista Elisabeta (Nathalia Dill) como definimos como "uma mulher a frente do seu tempo"; suas falas e atitudes eram de uma moça contemporânea.
Um ponto que podemos destacar bastante no folhetim, foi ao mostrar a liberdade sexual da maioria das personagens femininas, vimos que o roteiro não considerou a moral da época retratada. Isso não é uma crítica e sim afirmando que são licenças poéticas que podem ser permitidas nesse tipo de produção; afinal de contas, trata-se de uma fantásia e não um documentário sobre o comportamento da mulher nos anos 1910.
Mais uma vez Fred Mayrink nos brindou com um belíssimo trabalho na direção, um trabalho de obra de inteligência e realização, com cenários, figurinos e arte de tirar o fôlego. A direção dos atores, assim como as das cenas atingiram completamente o que pedia o roteiro.
Tivemos racismo, femininosmo, homossexualidade e preconceito social foram abordados com um olhar bem atual a esse tipo de discussão. Ocorreu o primeiro gay em uma produção das seis da Globo, a abordagem foi na medida certa, e com muito destaque para a interpretação para a interpretação de Juliano Laham (Lucino) e Pedro Henrique Müller (Otávio). O talento, o carisma, a química entre os dois, além do drama dos personagens conquistaram as redes sociais e a torcida do telespectador que criaram o #Lutavio.
Ary Fontoura | Gabriela Duarte (reprodução) |
Porém também cito, o o mau aproveitamento dos atores Tato Gabus Mendes, Murilo Rosa e Letícia Persiles, em personagens que renderam muito pouco ou aquém de suas possibilidades; poderiam ter sido muito mais aproveitados.
Parabéns a Marcos Bernstein, o autor, que fez uma trama movimentada e que em nenhum momento perdeu o fôlego, o público foi cativo até o fim, fazendo nos experimentar um folhetim com várias narrativas como já citei: aventura, ação, comédia, drama, romance, suspense, musical.
Que venham outros trabalhos deste belo autor!
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