É indiscutível que Vai Na Fé, atual novela das 19h da TV Globo, é um hit em termos de audiência e repercussão. A trama assinada por Rosane Svartman repercute nas redes sociais, está presente nas conversas travadas em lugares públicos e é assistida por um público diverso, que vai de jovens e crianças até pessoas de idade avançada. E muitos são os fatores que colaboram para esse sucesso todo. Pretendo falar de um deles: o elenco.
Em especial, desejo falar de duas atrizes, de diferentes gerações, que vêm, com os seus respectivos trabalhos, arrebatando o público; falo, com efeito, da veterana Renata Sorrah e da novata Clara Moneke, irrepreensíveis como Wilma Campos e Kate.
Sorrah é para muitos uma das maiores atrizes da televisão, e já nos proporcionou papéis marcantes nas telenovelas. Como exemplo, cito dois: Heleninha Roitman, de Vale Tudo (1988), e Nazaré Tedesco, a vilã mor de Senhora do Destino (2004). Acontece que, para muitos, desde este último papel, a atriz vinha amargando personagens de pouca, ou nenhuma relevância na televisão, configurando experiências esquecíveis e bem aquém do seu talento.
Óbvio que a atriz não tenha que dar provas de sua capacidade artística a ninguém, e para muitos é curioso constatar que somente agora, quase 20 anos depois daquele que talvez tenha sido o papel de sua vida, estejamos novamente nos encantando pelo trabalho de Renata Sorrah na telinha.
Com Wilma Campos, conseguimos identificar certo frescor em sua interpretação, o que nos faz ver diariamente uma atriz em sua melhor forma, que se diverte em cena, demonstrando estar à vontade no vídeo. Arrisco dizer que, com esse papel, ela se encontra na iminência de cravar mais um marco em sua carreira televisiva.
Já a estreante Clara Moneke chegou como um furacão. Desde as primeiras cenas que nos encantamos com sua Kate Cristina — Katelícia, para os mais íntimos. Sem papas na língua, despachada e extremamente cômica, a coadjuvante vem dando um show e, não raramente, captura o protagonismo da novela para si em diversas ocasiões. A presença da atriz no vídeo ilumina e preenche a tela de nossos televisores, o que faz com que sintamos cada vez mais vontade de assisti-la (um capítulo sem Kate é um capítulo desperdiçado). Há tempos que não víamos uma estreia tão auspiciosa e promissora quanto a dessa jovem atriz.
Em um momento em que vemos a televisão absorver como nunca pseudoatores (influencers, modelos, artistas de outros ramos, etc), que na maior parte das vezes entregam um desempenho artístico pífio, dá um enorme prazer assistir atrizes que honram o ofício como Renata e Clara. O texto de suas personagens é de uma qualidade ímpar, e é passado com extrema verdade quando dito por elas. No fim das contas, o que as une é o talento e a capacidade que ambas possuem de canalizar o carinho do público para si.
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