O palco era perfeito, o time não vinha com força total, um time mesclado, a torcida não lotou, mas tinha um pouco mais de 20 mil torcedores, fazendo a festa e coro dessa Nação fantástica, que ainda tinha 01% de esperança, de uma classificação milagrosa.
O seleto rubro-negro precisava fazer 3x0 (devolvendo o placar do jogo de ida), para levar para os pênaltis ou fazer 4x0 e se classificar no tempo normal.
Como já disse, o Fla entrou com um time misto, com 3 volantes, até começou fazendo pressão no início do jogo, depois deixou o Coritiba igualar a marcação, um primeiro tempo de muita roubada de bola, pouca técnica, e raras chances claras de gol. Para infelicidade do Fla, ainda no primeiro tempo, o time perdeu, Luiz Antonio e Paulinho, ambos lesionados, em seus lugares entraram, Léo Moura e Everton
No final do primeiro tempo, Everton sofre penalidade máxima, um pênalti claro, que Alecsandro bateu com força e abriu o marcador para o Mengão, aumentando ainda mais a esperança da Nação em todo o Brasil, foi para a etapa final, com o marcador aberto, faltam 2 gols para levar para as penalidades ou 3 para fechar o desafio no tempo normal.
Na etapa final, o treinador, Luxemburgo, fez logo de cara sua terceira alteração, sacou Gabriel e colocou Eduardo da Silva, o brasileiro-croata, vem mostrando serviço e quer ser ídolo da nação.
O time começou bem, e aos 11 minutos, após cruzamento de João Paulo, a bola bate no braço do zagueiro, o árbitro, marca penalidade. Para muitos não existiu, na minha opinião, também não marcaria, mas vai se o caso de interpretação, todavia, foi bola na mão e não mão na bola, enfim, pênalti para o Flamengo e Alecsandro vai novamente para cobrança, e coloca a bola no fundo das redes, para explosão do Maracanã, a torcida vai a loucura com o AleGol.
A torcida apoiava o tempo inteiro, lindo ver o Maracanã, mesmo com 20 mil pessoas, gritando, reverenciando, o Mais Querido do Brasil, e o time buscando dentro de campo, mesmo que não fosse com técnica, mas tinha vontade, determinação, raça, honrando o manto sagrado, que é a camisa do Fla.
E aos 36 minutos, após roubada de bola, no meio de campo, e uma correria imensa de Everton, que novamente fez um perditasso, ele cruzou a bola, passou por Alecsandro, e sobrou para, Eduardo da Silva, não perdoar e deixar sua marca, mostrando o quanto já é importante para a equipe.
A emoção tomou conta do Maraca após o terceiro gol, naquele momento quem fizesse, mataria o confronto, se o Fla fizesse o quarto, não teria decisão por pênaltis e se o Coxa, descontasse, acabaria o confronto, os paranaenses ainda tentaram, e Paulo Victor fez ótima defesa, o jogo ficou naquela emoção, fomos até os 48, com isso a vaga foi decidida nas penalidades.
Na cobrança de pênaltis, Paulo Victor brilhou, baixou o santo do Bruno nele, provando o por que conquistou a vaga de Felipe, como titular no gol rubro-negro, PV48 novamente provou sua qualidade, seu talento, o arqueiro pegou dois pênaltis, um deles dificilíssimo. O Fla também perdeu 3 cobranças, com Alegol, João Paulo (que foi a pior cobrança do mundo), e com Léo Moura, esta poderia ter decidido a série.
Fomos para série alternadas e Carlinhos do Coxa, jogou caprichosamente na trave, aumentando ainda mais a tensão no Maraca, e deixando nos pés do argentino, Canteiros, que bateu forte e explodiu o estádio, como se fosse título, um verdadeiro milagre essa classificação rubro-negra.
Nunca duvide do Flamengo, no rádio, quase choramos com a emoção e narração de Luiz Penido. Foi mais do que um teste para cardiático, o Fla prova que pode ir longe, caminhando rumo ao tetra da competição. Uns desistem, outros dizem que pode acontecer e o Flamengo faz acontecer, isso é Flamengo, já dizia a Nação.
Agora o time da Gávea, pegará o América de Natal, que eliminou, o Atlético Paranaense, será um jogo difícil, mas o Fla ainda assim é favorito.
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