Lícia Manzo nos traz um texto fabuloso em "Um Lugar ao Sol"
Outro dia, vimos que a atriz Lilia Cabral postou numa de suas redes sociais, um vídeo, onde contracenava com Marcos Caruso, em "Páginas da Vida" (2006), na trama ela era a vilã Marta, uma uma mulher fria e mãe cruel. Na legenda da postagem, Lilia escreveu que "essa foi a cena mais difícil e bonita de fazer". E completou: Manoel Carlos e sua grande dramaturgia. Muitas vezes ela faz uma referência ao ótimo texto de Maneco e com motivos.
Maneco recebeu o apelido de 'cronista do cotidiano' pelas histórias que mostravam os personagens em suas atividades prosaicas do dia a dia. Foi um ritmo, que desapareceu da TV, todavia, tinha muitos méritos. Ele também era capaz de criar sequências antológicas e não apenas pelo desempenho brilhante de profissionais como Lilia e Caruso. Os diálogos primorosos, afiados, sensíveis e de grande poder de comunicação com o público marcavam essas cenas. Sem dúvida alguma, era imenso um prazer para o espectador. E sempre serão lembrados.
E com o passar dos últimos anos, vejamos que existe uma herdeira desse estilo em nossas novelas, e ela é Lícia Manzo, e isto já foi reconhecido numa entrevista pelo próprio Maneco. Lícia é adepta a um ritmo um pouco mais devagar, prova disso é "Um Lugar ao Sol", todavia, suas histórias também chamam a atenção pelos diálogos de imensa qualidade, mesmo quando a ação fica em segundo plano. E vimos isto no capítulo da última quarta-feira (16), com Érica (Fernanda Freitas) e Santiago (José de Abreu), ambos estavam num velório, ou seja, nada acontecia. A conversa dos personagens era o que importava. Ela foi longa, bem construída e importante para a trama, porque Érica estava digerindo a perda da irmã. Quando o texto é bom, é algo incrível, pode ter certeza que todos os atores saem deste folhetim engrandecidos.
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