Ontem, segunda-feira (28), foi ao ar a estreia de "Pantanal", que nos trouxe lindas imagens, fotografia incrível, simplesmente deslumbrante, isto era o mínimo que se esperava da estreia do remake e nesse quesito não ocorreu decepção. Foi um colorido ímpar com tomadas de encher os olhos, revelando a beleza dessa natureza, com rios, matas, estradas de chão e bichos.
Temos um aclamado diretor de fotografia Walter Carvalho que faz parte da equipe do diretor artístico Rogério Gomes (agora substituído por Gustavo Fernandez).
Neste primeiro capítulo, o ritimo da narrativa foi um pouco mais lento, do qual não estamos acostumados, a natureza falou mais alto. Provável que a Globo não irá repetir as longas tomadas que foram utilizadas da novela de 1990, até porque, o ritimo precisa ser outro.
O capítulo iniciou com o protagonista José Leôncio criança, e terminado com ele adulto, com uma passagem de tempo, a trama focou majoritariamente na figura dele – vivido por Fred Garcia (criança), Drico Alves (adolescente) e Renato Góes (adulto) – e de seu pai Joventino, papel de Irandhir Santos.
Já nos últimos blocos, fomos apresentado ao núcleo da família Marruá, comandado por Maria e Gil (Juliana Pes e Enrique Diaz), introduzindo a trama desses personagens.
Quero abrir um paragrafo especial para o grande Irandhir Santos quem deu tom da história. Ele é um grande ator, sua entrega ao personagem sobressaiu-se, com a baita interpretação, o trabalho corporal, a voz, e o olhar. Com certeza há também o grande trabalho da direção e o texto – de Benedito, revisado por seu neto Bruno Luperi.
A escolha por Irandhir Santos foi imensamente perfeita. O encantamento que o velho Joventino demanda precisava de um ator à altura. Irandhir deu um verdadeiro show.
Na estreia não tivemos nada de nudez, nem na abertura, que nos trouxe grandes imagens de natureza. Maria Bethânia da um novo tom ao clássico de Marcus Viana na abertura. Um tom que é condizente com a nova produção, que é um outro folhetim, de outro tempo.
Sabemos que as diferenças dessa versão pra da TV Manchete serão imensas, porque a televisão e o público mudaram demais em 32 anos. E quem vier a procurar no remake, o que guardou em sua memória afetiva corre o risco de se decepcionar.
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