quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Ex-Furacão 2000, mulher trans é atacada com barra de ferro

Julyanna Barbosa, ex-vocalista da Furacão 2000 foi covardemente agredida

A cantora trans Julyanna Barbosa, 41 anos, quase foi morta ao responder ambulantes que a ameaçaram. A mulher estava sozinha subindo pela passarela que corta a Via Dutra, na altura da Grã-Fino, no Centro de Nova Iguaçu, por volta das 9h do último sábado; quando ambulantes supostamente eleitores do candidato a Presidente Jair Bolsonaro, começaram a gritar que “Bolsonaro vai ganhar para acabar com os veados, essa gente lixo tem que morrer”.

Julyanna argumentou afirmando que não estava mexendo com ninguém, e por que eles a chamaram de lixo e que merecia respeito. Nesse momento um dos marginais pegou uma barra de ferro numa barraca e começou a agredi-la, na primeira pancada Ju ficou tonta e caiu, logo depois vieram mais três homens, dando socos e chutes. A cantora perdeu muito sangue, mal conseguia ver direito.

Pessoas que passavam pelo local tiraram a vítima do chão e a levaram para uma casa da região, longe dos criminosos.

Socorrida na UPA de Queimados, a cantora levou dez pontos na cabeça (o exame de corpo delito será feito nesta quinta).

O passo seguinte foi recorrer à Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual de Mesquita, presidida pela também trans Paulinha Única, que a orientou fazer um boletim de ocorrência.

Neno Ferreira, presidente da Associação de Gays e Amigos de Nova Iguaçu e Mesquita (Aganim) e assessor de Julyanna, deu a seguinte declaração a imprensa.
_O atendimento na 56ª DP (Comendador Soares) foi muito humano, o delegado Matheus Romanelli tem o entendimento de que todos devem ser tratados da mesma forma, com cordialidade. É um policial que já demonstrou diversas vezes que compreende nossa causa.

O Grupo Arco-Íris de Cidadania pede que qualquer ameaça (verbal ou física) seja registrada na delegacia mais próxima.

Além disso, as vítimas devem procurar a entidade para relatar o ocorrido:

“Precisamos dessas informações, porque o grupo consolida tudo isso. Pedimos que os órgão de segurança estejam muito atentos ao policiamento nestes dias. É muito mais do que garantir o direito de ir e vir, é garantir nosso direito de existir”.

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