sexta-feira, 22 de março de 2024

Incrível

 A França de 1998


A França no início da década de 90, presenteou o mundo do futebol com um enorme fracasso: o de não apuramento para o Mundial de 1994, nos EUA.


Por isso, era urgente mudar e limpar a imagem de uma seleção que sempre apresentou bons elencos, em especial nos anos 80, com figuras como Platini, Tigana ou Giresse, que conquistam o Europeu em 1984.


E por isso, o comando da seleção é entregue a Aimé Jacquet, treinador com passagem por vários clubes franceses, e cedo começa a moldar um elenco com base no campeão europeu Marselha, com figuras como Barthez, Desailly e o atual selecionador, Deschamps.


Mas…havia bem mais! Promessas do futebol mundial começavam a despontar nessa fase, como Thuram, Patrick Vieira, Robert Pires, bem como aquele que seria mais tarde Bola de Ouro em 2001, e sem dúvida um dos melhores da história do futebol, Zinedine Zidane.


A juntar a este elenco de altíssima qualidade, dois jovens, formados no Mónaco, ajudavam a equipa no ataque: Henry e Trezeguet.


A cereja no topo do bolo? O Mundial seria em terras gaulesas.


Ainda assim, no papel, víamos outras seleções teoricamente mais fortes, como o Brasil, a Alemanha, a Itália e até mesmo a Holanda ou a Argentina.


Fase de grupos? 3 vitórias, frente a Arábia Saudita, África do Sul e Dinamarca. Frente aos sul-africanos, Zizou é expulso, o que o impediu de ajudar a seleção até aos quartos.


A base da equipa era com Barthez na baliza, Thuram, Desailly (Blanc), Lebouef e Lizarazu na defesa, Karembeu (Vieira), Deschamps e Petit (Djorkaeff), Zidane, Guivarc´h (Henry), Dugarry (Trezeguet).


Chegados aos oitavos, confronto com o Paraguai, e que se revelou bem mais difícil do que o esperado, o golo da vitória da França a surgir apenas aos minuto 113.


Na eliminatória seguinte, confronto de gigantes entre “Les Bleus” e os “Azzurri” com Baggio, Albertini ou Vieri. Jogo equilibrado, apenas decidido nos penaltys, e com a sorte a cair para os gauleses…


Nas meias, aquele que seria o adversário da final em 2018, a Croácia.


Com um forte elenco, como Suker e Prosinecki, os croatas vinham em altas, após eliminarem a Alemanha. Mas o jogo apenas se resume num nome: Thuram.


Se Suker adiantou os croatas, foi Thuram, com dois golos, que carimba a viagem dos franceses até ao sonho da conquista do Mundial.


A final, essa, seria frente um Brasil repleto de figuras, desde Ronaldo, melhor do mundo no ano anterior, mas também Taffarel, Cafu, Aldair, Roberto Carlos, Dunga, Rivaldo, Leonardo, Denílson e Bebeto (e ainda poderia haver Romário, excluído da seleção por conta de uma lesão muscular, que o “baixinho” sofreu durante o jogo de futevólei).


Ronaldo, a figura, sofreu uma convulsão horas antes do jogo, e Zagallo, selecionador, receoso, ainda assim escalou o Fenómeno a titular, que, no entanto, mais não foi a sombra de si mesmo, e, juntamente com Ronaldo, toda a seleção mostrou-se apática.


Quem aproveitou? A França obviamente!


Num jogo controlado pelos gauleses, Zidane não deu hipóteses, marcando 2 golos de cabeça. Na segunda parte, Petit sentencia o jogo com o 3º da França.


4 anos bastaram para a França, excluída do Mundial de 1994, se tornar a melhor do mundo.


E não ficariam por aí…


2 anos depois, esta seleção participaria no Europeu, e esse troféu iria também para a vitrine da sala de troféus da seleção francesa!



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