PREDESTINAÇÃO - POR GICELDA COELHO
Dizem que quando a gente vem ao mundo,
já traz o marca da fatalidade,
pois de um filosofismo bem profundo
é a muralha da vida - eternidade.
E no livro perene do Destino,
em cada folha há sempre triste estória,
uma dor, um queixume, um desatino,
uma luta sangrenta sem vitória.
Eu sou, também, mulher predestinada:
pois desde cedo conheci derrotadas,
pois, desde cedo, me senti marcada...
Meus pés estão feridos nos espinhos,
das veredas bem íngremes e tortas
que, por Destino, tenho por caminhos...
(Publicada no Livro Mascarada)
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