segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Dia Nacional do Rádio

 Quem teve o privilégio de acompanhar essas feras com o rádio grudadinho no ouvido, viveu momentos maravilhosos que, no final dos anos 1990, foi perdendo seu encanto. A emoção da transmissão nos levava pelas ondas do “dial” para dentro do estádio, imaginando lance por lance, detalhe por detalhe. Os locutores nos traziam uma narrativa muito acima da realidade: um lateral próximo à sua área de defesa era um terror, tudo era dramático ao extremo, desligava e ligava o radinho a cada ataque contra meu time, esperava o grito de gol vindo do rádio em alto volume do vizinho que torcia para o adversário. Era um alívio ao ouvir aquele adorado "silêncio”... hoje, o excesso de jogos transmitidos pelas TVs mostra uma realidade morta. Além dos locutores, tínhamos ótimos trepidantes e comentaristas que, tentavam traduzir em 3 ou 4 minutos do intervalo, o que teria acontecido. Até hoje eles tentam, na verdade. As Rádios Globo (Rio e São Paulo), Nacional, Tupi (Rio e São Paulo), Eldorado, Tamoio, Capital (Rio e Minas), Continental (Rio), JB, Carioca, Bandeirantes, Gazeta, Excelsior, Record (São Paulo e Rio), Jovem Pan, Itatiaia, Inconfidência, Cultura, Difusora, Cidade e Continental (as quatro últimas de Campos dos Goytacazes), e outras que, a memória pode ter falhado, são inesquecíveis para minha geração. 

A história do nosso rádio esportivo deixou marcas que o tempo não consegue apagar para quem vivenciou diariamente aquela época.


Abaixo relaciono nomes com seus bordões – que marcaram época na fase áurea do rádio esportivo carioca (paulistas e mineiros posteriormente faço as referências) – narrando, comentando, nas reportagens ou na retaguarda, e alguns deles ainda continuam na ativa. Procurei dar ênfase aos profissionais com maior identificação com o rádio e que trabalharam no período entre as décadas de 1970 e 1990 - que vivenciei ativamente -, quando curtir o rádio era um "vício" saudável e diário ininterruptamente, em toda a sua programação. Certamente nomes são esquecidos quando se propõe a fazer um levantamento desse tipo. Peço desculpas de antemão por aqueles que não foram citados. Os de Campos dos Goytacazes já foram mencionados em post anterior. 


Jorge Curi (o grito de gol que ecoava por todos os cantos do velho Maracanã), Waldir Amaral – “Indivíduo competente”, Sérgio Moraes – “Dos pampas aos seringais”, Vitorino Vieira, Orlando Baptista – “Mais laureado locutor esportivo do Brasil”, José Cabral –  “Moço da Maricota”, Paulo César Tenius, Celso Garcia – “Não adianta chorar, a nega tá lá dentro”, Doalcey Bueno de Camargo – “Mais vibrante locutor esportivo”, Luís Penido (Garotão da Galera) – “Nas ondas do rádio”, José Carlos Araújo – “Cheguei! Vai mais, vai mais, vai mais Garotinho”, Jota Santiago – “Locutor show que emociona – Aumente o volume do seu rádio”, Júlio César Santana, Luiz Carlos Silva – “O que faz a cabeça da galera”, José Cunha – “Tá lá”, Cesar Rizzo – “Sorrindo e sacudindo o futebol do Brasil”, Antônio Porto – “Bola para o mato, porque o jogo é de campeonato”, Edson Mauro – “Bingo, olha o gol, olha o gol”, Maurício Menezes (Danadinho) – “Ah, mas que joguinho gostoso!”, Márcio de Souza, Carlos Marcondes, Oswaldo Moreira, Dalton Ferreira, Benjamim Wrigth, Rujany Martins, Januário de Oliveira – “É disso que a torcida gosta”, Ayrton Rebelo – “Ora, ora, ora, prá fora!”, Agostinho Gomes, Paulo Roberto Braga, Pedro Paradella, Washington Rodrigues (Apolinho), Luís Mendes – “Palavra Fácil”, Rui Porto, João Saldanha – “Meus Amigos”, Affonso Soares, Alberto Rodrigues, Gérson Canhota, Roberto Mércio – “Comentarista Enciclopédia”, Roberto Porto, Ademir Menezes, Tárcio Santos, Tércio de Lima, Felipe Cardoso, Jaime Luís (esse conhecia tudo do futebol português), Luiz Orlando Baptista, Osvaldo Baptista, Evaldo José, Áureo Ameno, Mário Vianna – “Goool Legal”, Jairo de Souza – “tiriri-tiriri-tiriri”, Mário Silva, Deni Menezes, Kleber Leite, Loureiro Neto, Danilo Bahia, Gilson Ricardo, Eraldo Leite, Elso Venâncio, Pedro Costa, Zildo Dantas – “Nem o Sol cobre melhor o Flamengo”, João Grandão, Ruy Guilherme, Fernando Carlos, Fernando Pedrosa, Eldio Macedo, Arnaldo Moreira, Alberto Brandão, Arlindo Moreira, Alexandre Serquiz, Wagner Menezes, Iata Anderson, Ronaldo Castro, Renato Brandaris, Ricardo Carpenter – “Fantasma”, Luís Fernando, Sérgio Américo, Wellington Campos, Waldir Luiz, Sebastião Pereira, Sidney Amaral, Dário de Paula, Rui Fernando, Uiara Araújo, Cícero Mello, Pierre Carvalho, Carlos Borges, Ricardo Mazella, Zoulo Rabello, Carlos de Souza, Sansão, Duque, Napoleão Nascimento, João Guilherme, Sérgio Maurício, Marcus Vinicius, Cláudio Perrot, Maurício Torres, Daniel Pereira, André Luís (Plantão Esportivo), Eduardo Henrique, Eugênio Leal, Rodrigo Campos, Vitor Emanuel, Walter Salles – “Garimpeiro da notícia”, Luiz Ribeiro, Rubens Leão, João Adad, Garcia Junior, Fernando Luís, Affonso Ribeiro, Isaac Junior, Maurílio de Souza, Paulo Junior, Manolo Martins, Marco Aurélio, Antônio Luís, Fábio Tubino, Edir Lemos, Luís Brandão, Flávio Dias, Hélio Augusto, Carlos Campelo, Riedel Alves, Geraldo Silva, Ivan Mendes, Marcus Tinoco, André Ribeiro, Sérgio Fernandes, Marcelo Castilho, entre outros.

Texto: Tadeu Miracema



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