O homem não para. Aos 36 anos, Cristiano Ronaldo se isolou com mais um recorde. E tratou de aumentar a conta pessoal mais uma vez minutos depois. Fez dois gols, garantiu a vitória de virada por 2 a 1 contra a Irlanda, pela quarta rodada do Grupo A das eliminatórias europeias da Copa do Mundo de 2022, e chegou a 111 a serviço de Portugal. Abriu dois à frente do iraniano Ali Daei, a quem igualou em 23 de junho passado, quando garantiu o empate por 2 a 2 com a França, pela Eurocopa.
O primeiro gol saiu aos 43 minutos do segundo tempo. Em cruzamento da direita para a área, Cristiano Ronaldo usou uma de suas especialidades. Subiu mais do que o zagueiro e cabeceou com força, no canto. Pouco depois, nos acréscimos, aos 50, em jogada bem parecida, decolou mais do que todo mundo na área para testar a bola para a rede. Vitória e recordes garantidos.
Pode até parecer heresia lembrar, mas CR7 poderia ter alcançado a marca muito antes no jogo. Aos nove minutos, Bruno Fernandes se aproveitou de um erro na cobrança curta de tiro de meta da Irlanda e, quando teve o domínio, foi derrubado na área. Pênalti que demorou cerca de cinco minutos para ser cobrado, com revisão na tela do VAR ao lado do campo e tapa de Cristiano Ronaldo em O'Shea pelo biquinho que o adversário deu na bola postada na marca para provocar. Aos 14, o ídolo cobrou forte, mas o goleiro Gavin Bazunu voou e defendeu.
O iraniano Ali Daei, no entanto, tem uma vantagem sobre o craque luso: precisou de 149 jogos para chegar aos 109 gols. Cristiano Ronaldo o igualou com 179 partidas e o superou com 180.
Esta quantidade de presenças em campo pela seleção é outra marca que o ídolo persegue. Nesta quarta-feira, CR7 conseguiu se igualar ao zagueiro espanhol Sergio Ramos e Ahmed Mubarak, de Omã, ambos ainda em atividade. O recorde pertence ao egípcio Ahmed Hassan, com 184 partidas entre 1995 e 2021, e Bader Al-Mutawa, do Kuwait, segundo da lista com 181 e que ainda pode aumentar a conta.
Ícone do futebol mundial e recém-contratado pelo Manchester United, Cristiano Ronaldo é um colecionador de recordes. Além de ser o jogador com o maior número de partidas e gols pela seleção portuguesa, bem à frente de Pauleta (47) e Eusébio (41), é também o maior artilheiro da história do Real Madrid (450 gols), da Liga dos Campeões (134 gols) e da Eurocopa, com 14.
Entre as equipes nacionais do seu continente, supera em muito também o segundo e terceiro colocado do ranking dos artilheiros, Puskás, representando Hungria e Espanha, com 84, e o húngaro Kocsis, com 75.
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