HISTÓRIAS DE MIRACEMA...
OS BANCOS DA PRAÇA – POR ADILSON DUTRA
Nota: transcrito na íntegra de seu blog Papo de Botequim, de 12 de maio/2012.
Alguns de vocês, ou quase todos, lembram e sabem de cor a letra da música, sucesso de Ronnie Von e de autoria de Carlos Imperial, “A Praça”. Tenho certeza absoluta e, por isto mesmo, após ler e ver as fotos, postadas pela mana Eliane, lá no Facebook, sem querer cantarolei quietinho aqui na minha poltrona favorita, a música em questão.
Devem estar me perguntando, quem não nos segue lá na Rede Social, que fotos são estas e que ideia é esta de cantarolar sozinho, né mesmo? Explico: A mana Eliane postou fotos dos bancos do Jardim de Miracema, aqueles que sento quando por aí apareço para ler o jornal e pensar no que vi por ali na minha infância e juventude.
Vi, revi, pensei e repensei no que escrever e no que dizer quando vejo, ao vivo ou por fotos como as que vejo agora, que muita saudade existe naqueles bancos da praça. Saudade da Camisaria Gérson, da Fábrica de Ladrilhos, do Armazém do Pinheiro, da Usina Santa Rosa, da Casa das Máquinas, do meu amigo Ignácio Silveira, da Fábrica de Macarrão, que felizmente ainda está em pleno funcionamento.
Sento por ali e as lembranças, que já contei por aqui, chegam à mente e a imaginação flui maravilhosamente. Lembro-me de alguém, creio que foi a Cintia Mercante, que um dia me corrigiu quando disse que Miracema parou no tempo. “Não, se tivesse parado no tempo seria bem melhor, imagine sua/nossa terra nos anos 40/50 e 60, todos dizem que era uma cidade progressista, então se parasse no tempo seria ótimo”, disse a amiga capixaba/miracemense.
Muitos que me lêem agora rasgam o coração neste momento ao lembrar do primeiro beijo, roubado em um destes bancos, o primeiro “amasso” ali no cantinho do Rink, a primeira paquera, ali pertinho do parque infantil e a primeira tentativa de flerte nos bancos em frente à fonte luminosa. Correto?
Os bancos da praça fizeram história e contam a história de nossa cidade. Vejam quantas eram as empresas patrocinadoras e repassem para os dias de hoje, será que teríamos tanta gente auxiliando o prefeito no embelezamento e na tentativa de dar conforto para os visitantes do jardim?
Duvido muito, nossas empresas não são tão fortes como as de outrora e nem bairristas como os proprietários daqueles belos anos de esplendor e fartura. O que nos resta hoje é sentar, lembrar e chorar dos tempos vividos por ali e que um dia nossos netos sejam tão felizes como nós, viventes daqueles momentos lindos, vivenciamos e guardamos na memória.
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