quarta-feira, 26 de julho de 2023

Aymoré Moreira

 AYMORÉ MOREIRA E SUA INFÂNCIA EM MIRACEMA... 


Ele pensava em ser lutador de boxe, recortava toda fotografia de pugilista famoso que encontrava. Mas o mais que lutou foi contra Aderbal, o irmão músico. Fazia de conta que era Gene Tney, seu ídolo, contra Jack Dempsey.

Nas brigas de turma quase não entrava, deixava as confusões para Zezé, valentão do bairro. Só o turco Amim, da esquina da Rua do Correio, era mais forte que Zezé. Morreu outro dia num desastre de automóvel na Rio-Petrópolis. Aymoré soube pelos jornais, fica sério quando conta. Zezé e Aírton até param de conversar para ouvir. 

Aymoré como Zezé foi cabo eleitoral do avô coronel José Carlos Moreira. Tocava sanfona, diz que só arranhava, se fosse viver de música como Aderbal morria de fome. Era ladrão de frutas no quintal dos vizinhos. Lembra-se do pai Alfredo como um velho bravo que nem podia ouvir falar de futebol. Perdeu a conta das brigas que teve com ele. A mãe, dona Antonieta, não ligava. Morreu cedo, Aymoré tinha só 19 anos.


Nota: trecho de uma entrevista concedida ao Jornal da Tarde, de dezembro/1966.



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