domingo, 7 de abril de 2024

Sima, o "Pelé do Nordeste"

 𝗦𝗜𝗠𝗔, 𝗢 "𝗣𝗘𝗟É 𝗗𝗢 𝗡𝗢𝗥𝗗𝗘𝗦𝗧𝗘", por Pedro Tomaz de Oliveira


Esse é o cara! As torcidas de cinco estados do Nordeste tiveram o privilégio de vibrar com seus gols. Um monte! Foram tantos que até os estatísticos perderam as contas e até hoje divergem entre si. De qualquer maneira, não há dúvida que ninguém na história do futebol nordestino fez mais gols que esse cabra da peste dos gramados.


Estamos falando de Simão Teles Bacelar, o Sima, piauiense nascido em Miguel Alves, em março de 1948. Profissionalmente, jogou entre os anos de 1966 e 1987, colecionando inúmeras proezas, sempre vestindo a camisa de um dos grandes clubes do Piauí, apesar de ter passado por clubes de outros estados do Norte e Nordeste. Pelos números do próprio Sima, em seu balaio de gols são mais de 800 marcados ao longo da carreira. No entanto, em meio ao desleixo estatístico característico de sua época, vamos ficar com os dados do site oficial do River Atlético Clube, de Teresina, um dos clubes pelo qual mais brilhou, que registra lá 529 gols, suficientes para fazer jus ao apelido de "Pelé do Nordeste". Essa marca também garante seu lugar entre os doze maiores artilheiros do futebol brasileiro em todos os tempos, conforme levantamento do livro Grandes Clubes Brasileiros, de Marcelo Migueres e Celso Dario Unzelte.


Sima, em onze edições do campeonato piauiense, terminou como o seu maior artilheiro, conquistando o título em dez oportunidades pelo Piauí, Tiradentes, River e Auto Esporte. Em 1977, foi proclamado o artilheiro do Brasil ao se tornar o maior goleador dos campeonatos estaduais em todo o país, marcando 33 gols na temporada.


O que torna ainda mais impressionante a história desse homem-gol é que, na verdade, ele não era um centroavante de ofício. Era sim, literalmente, o camisa 10 dos seus times, jogando numa posição em desuso no futebol atual, a ponta de lança, na qual recuava para buscar o jogo e assistir com precisão seus companheiros ou fazer as tabelas e se apresentar na área para estufar as redes. Além disso, chama a atenção o fato dele nunca ter sido expulso de campo, apesar de sofrer bastante com a deslealdade dos zagueiros. Por essa disciplina, Sima recebeu o premio Belfort Duarte, outorgado pela CBF.


Aos 76 anos, o nosso Pelé do Nordeste é atualmente empresário, dono de uma rede de lojas de produtos esportivos em Teresina e outras cidades do Piauí. Longa vida a esse grande personagem do futebol brasileiro, que fez muito nordestino se emocionar com seus gols.






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