Assim como houve em "Avenida Brasil", João Emanuel Carneiro mais uma vez investe no tema Vingança, mas em uma subtrama paralela. Nicolas Prattes vai viver um rapaz com sangue nos olhos. Em "Todas As Flores", Nicolas vai viver Mia, um jovem oriundo de uma família muito humilde, da periferia do Rio de Janeiro, que ganha a vida trabalhando de garçom e freelance em afins da área também em alguns eventos de grã finos. No fim de uma dessas festas de grã finos que ele está a trabalho, ele cuida de um homem que está péssimo e de porre, quase perdendo os sentidos, e que acaba de se envolver em uma briga aclarada com um grupo de pessoas. Muito agradecido pelo mesmo ter salvado a sua vida, esse homem, Olavo (André Loddi) lhe oferece carona no fim do evento para ir embora para sua casa. Mas o mauricinho ainda alcoolizado e sem condições de dirigir, o que piora com a chegada de uma chuva, acaba atropelando uma mulher no caminho, que morre no local. Olavo fica desesperado e chama o seu sogro Luís Felipe (Cássio Gabus Mendes), um poderoso Promotor de Justiça para resolver a situação.
Mas embora Luís Felipe seja um poderoso e grande promotor, é um homem que de justo não tem nada e tem um caráter elástico e frouxo, e temendo também sujar o seu nome e da família endinheirada, acaba propondo um negócio sujo para livrar o genro: Ele propõe a Mia já que estava no carro, a assumir o crime cometido por Olavo, inventando que ele estaria dirigindo o volante na hora do acontecido no lugar do genro, em troca ele lhe daria uma bolada milionária para fechar o bico e ficaria só seis meses na prisão, e o genro estaria livre. Para livrar a família do despejo de casa já que está uma situação insustentável, e pagar o tratamento de sua noiva que está grávida de um filho seu e está com uma doença que pode matar ela e o bebê, ele topa. Porém, depois que é preso e julgado, o garçom descobre que foi enganado.
Ao invés dos advogados prometidos por Luís Felipe, ele é assistido por um péssimo defensor público, e sua pena acaba ficando de dois anos. Além disso, ele não vê a cor do dinheiro, e sua família é despejada e vai parar debaixo do viaduto, e sua mulher e filho morrem. Na cadeia cresce em Mia um desejo de vingança, e ele arma um plano contra a família do promotor. Ele seduz a esposa e filha do ricaço no início, duas mulheres emocionalmente desequilibradas e frágeis e pouco a pouco, vai surgindo novas ideias destruindo gradualmente o clã. No decorrer da narrativa, a história do seu personagem também se entrelaça com a trama central, mas não pelo lado vingativo: Ele se apaixona pela heroína, a perfumista deficiente visual Maíra (Sophie Charlotte), a disputando com o empresário e químico de boa índole Rafael (Humberto Carrão), já que nesta parte já estarão juntos.
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