A tentativa de Arjen Robben de retorno aos gramados durou apenas uma temporada. O astro holandês anunciou nesta quinta-feira que vai se aposentar mais uma vez, um ano depois de voltar a jogar pelo Groningen, seu primeiro clube. Robben postou uma carta em suas redes sociais e destacou ter feito uma decisão complicada.
Robben havia anunciado a aposentadoria dos gramados pela primeira vez em julho de 2019, aos 35 anos, quando seu contrato com o Bayern de Munique cehgou ao fim. Na época, ele relatou ter dificuldade para tomar a decisão, com uma "colisão entre coração e mente". Um ano depois, o astro surpreendeu o mundo com a decisão de voltar a jogar.
Mesmo em meio ao começo da pandemia da Covid-19, o astro foi anunciado como reforço do Groningen, seu primeiro clube da carreira - onde foi formado na base e estreou como profissional. Porém, Robben atuou em apenas sete partidas na temporada 2020/21, apenas três como titulares, somando 263 minutos em campo. Ele não fez gols e atuou pela última vez no dia 19 de maio, contra o Utrecht.
Robben fez a sua estreia profissional no Groningen em 2000. Depois passou por PSV, Chelsea, Real Madrid e Bayern de Munique. No clube alemão, viveu seu auge com o título da Liga dos Campeões de 2013, quando inclusive marco o gol do título na final contra Borussia Dortmund por 2 a 1 em Wembley. Robben levantou 19 títulos com o gigante bávaro, entre eles sete Bundesligas.
Em 19 anos de carreira, Robben disputou mais de 600 partidas e anotou 210 gols. Pela seleção holandesa, também brilhou, disputando três Copas do Mundo (2006, 2010 e 2014).
No Mundial da África do Sul, foi colocado como um dos responsáveis pela derrota para Espanha na final ao perder um gol cara a cara com Casillas quando a partida ainda estava 0 a 0. Quatro anos mais tarde, ajudou a Holanda a chegar na terceira da Copa colocação – batendo o anfitrião Brasil
Confira a carta de despedida de Robben na íntegra:
"Queridos amigos do futebol, decidi interromper minha carreira no futebol. Há um ano, anunciei meu retorno como jogador do Groningen. Embarquei nessa aventura com muita energia e entusiasmo. Eu apenas tive que lidar com os contratempos físicos rapidamente, o que me impediu de jogar partidas por muito tempo. Depois de um longo caminho de tentativa e erro, finalmente consegui jogar os últimos jogos da temporada.
Olhando para a temporada passada, honestamente cheguei à conclusão de que o número de minutos de jogo foi decepcionante. Eu sabia de antemão que isso poderia acontecer, mas aceitei o desafio e dei tudo para que desse certo. E não apenas eu, todos no clube e ao meu redor me ajudaram e apoiaram em todos os momentos.
As calorosas reações e declarações de apoio de todos os fãs de futebol não me deixaram indiferente. Estou muito grato a todos por isso. Depois do último jogo, disse que reservaria um tempo para tomar uma decisão informada sobre o futuro. Logo após a última partida, voltei a treinar. Para mim, foi importante manter a forma física que adquiri nos meses anteriores e não voltar muito atrás.
Desta forma, pude experimentar simultaneamente se me sentia bem do ponto de vista físico e se era realista continuar por mais um ano. É por isso que decidi parar. Uma decisão muito difícil, porque a mente e a emoção disseram o contrário. O coração do futebol queria que continuar, especialmente com o objetivo de uma temporada completa.
Antes de tudo, desfrutei do esporte e esperava retribuir aos fãs. Mas às vezes dizem: 'Tudo acaba.' Acho que a decisão de parar de se aposentar é justa e realista. É por isso que não sou mais um jogador hoje, mas um torcedor do nosso Groningen.
Gostaria de agradecer a todos os fãs e torcedores de futebol por todo o apoio caloroso e mensagens doces que recebi no ano passado. Foi maravilhoso e reconfortante. Desejo a todos um ótimo momento futebolístico em estádios lotados, mas acima de tudo boa saúde!"
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