sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Histórias de Miracema

 HISTÓRIAS DE MIRACEMA – POR BEBETO ALVIM  


Nota: postado em sua página do face em 20 de julho de 2016. Bebeto nos deixou ainda em 2016, no dia 10 de novembro. Esse faz muita falta entre nós. “Dedei” era a maneira carinhosa que ele me chamava. 


Para DADÁ COIMBRA.


A propósito de publicação no Blog Tadeu Miracema: “Doce Rainha”

DADÁ COIMBRA OU MARIA DAS GRAÇAS ALVES 


DOCE RAINHA


Blog Moinho de Paz – 23.10.2009


Roliças pernas evidenciadas pela curta saia de largo plissado...”

Hoje és Dadá Coimbra... contudo, serás sempre a minha bela e amada Mª das Graças Alves, a quem conheci, nos bancos escolares, lá pelo ido ano de 1960.

Surpreende-me que apenas agora tomas conhecimento de um texto publicado em blogue, em 2009, e hoje reeditado pelo competente, simpático e amigo Dedei. Ainda que não fosses blogomaníaca, acreditava-me que, à época, algum seguidor certamente comentaria contigo.

Elaborei o texto com a fidelidade possível do que se achava armazenado na minha mente e nele depositei todo aquele amor que se tornou eterno. Aguardei tua manifestação e doeu um pouco... só um pouquinho... a tua ausência. Mas... entendi que nem todos estavam “ligados” à blogosfera.

O blogue travou e acabei aportando na facemania, onde te achei. Participativa, ainda bela e, principalmente, mantendo toda a tua “graça” nos espontâneos sorrisos, levando tua inconteste alegria a teus parceiros.

Eu ainda sentia uma pontinha de ciúme, já que meus textos não tinham o brilho da tua participação. Mas, nada impediu que eu continuasse a acompanhar-te e admirar-te. “Ninguém pode pedir provas de amizade a alguém.”

E as lágrimas de emoção que, hoje, banham o teu belo rosto hão de fundir-se às minhas... pelo reencontro... feliz e amoroso.

Receba o meu dadivoso beijo... o beijo que não dei a uma das mais bonitas meninas da classe e do colégio e dona das mais belas pernas.

Com muito carinho e amor.

Bebeto.

O texto na íntegra publicado no meu blogue... 

Roliças pernas, evidenciadas pela curta saia de largo plissado, adentravam a sala; costumeiramente, à hora do início da aula. Esbaforida, mas sempre sorridente. Simpática e muito bonita. Éramos crianças e vivíamos um clima de irmandade.

Eu me despedi da Maria das Graças Alves e de outros colegas da 4ª série do G. E. Dr. Ferreira da Luz quando da minha admissão ao ginásio, um ano antes do previsto, por força da orientação da Dª Orlanda (minha grande preceptora).

Embora não compartilhássemos os mesmos bancos escolares, eu continuava a vê-la. Na maioria das vezes, na loja “Casa Rainha”, de sua mãe, Arlete Alves. O comércio era de roupas femininas e de tecidos finos.

Segunda metade da década de 60.

Aproximava-se mais um fim de semana. De repente, a loja não abriu as portas.

Estranho!

Naquele tempo, na “Terrinha”, as pessoas gostavam mais umas das outras. E todos se preocuparam. Os esclarecimentos não vieram e o mistério persistia.

E o domingo chegou! E com ele a sessão das dezoito horas do cine XV. Após, era certo o “passeio” pela Rua Direita.

“SURPRESA!!!”

“Tchan, tchan, tchan, tchan!!!”

Eis que, “sem aviso e sem nada”, nos deparamos com a “Casa Rainha” de portas abertas, com luzes acesas e mais brilhantes.

A curiosidade tomou conta da mente de cada um: “Por que uma loja de tecidos reabriria num domingo à noite?”.

A aglomeração de pessoas às suas portas foi inevitável.

-- Ohhh!-- Ohhh!.

Bocas abertas e olhos arregalados.

—Vou entrar.

-- Eu também.

Os que estavam mais atrás, espremidos a outros, tentavam empurrar os que estavam à frente.

—O que que é?

—O que tem lá?

Inusitada, louca e deliciosa ideia tomou conta dos “Alves”.

Todas as grandes vitrines, inteiramente de vidro, cederam o espaço, antes destinado aos manequins, a novidades antes não vistas em Miracema.

Guloseimas variadas – de apetitosos salgadinhos a finos doces – arrumadas com esmero em bandejas dispostas com classe e bom gosto.

Sucesso total! Difícil era passar por suas portas sem se sentir tentado.

Criatividade e ousadia miracemenses.

E o novo nome:

“PEG-PAG”.

O primeiro (?) de que se tem notícia.

Interessante ressaltar a peculiaridade dos consumidores: “pegavam e pagavam”. Bonito e emocionante. Evidenciava-se a nobreza da honestidade que existia.

Fonte: Tadeu Miracema



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