quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Balanço de "Pega Pega"

"Pega Pega" termina com ótima audiência

Terminou na última segunda-feira (08), a novela "Pega Pega", o agora o ex folhetim das sete, pode entrar para a história devido ao seu ibope, foi média final de 29 pontos na Grande SP, a mais alta do horário das sete desde “Cheias de Charme“, em 2012.

Porém como já tinha comentado em diversas oportunidades, que "Pega Pega" foi uma novela que pouco repercutiu nas redes sociais (lógico que não se mede audiência pelas redes, mas elas representam um termômetro de repercussão que não deve ser desprezado), e nem nas ruas, bares, restaurantes etc, como outras tramas e completamente diferente do sucessão "Cheias de Charme" (2012), que se tornou uma referência no horário.

Aí me pergunto o por que tanto sucesso de uma trama que foi esnobada em premiações e não comentada pelo grande público. Tento encontrar alguns fatores para toda essa audiência. A produção foi imensamente caprichada, cenografia (o hotel na cidade cenográfica era incrível), figurinos, iluminação, efeitos especiais, etc. Uma direção fabulosa de Luiz Henrique Rios, Marcus Figueiredo e equipe, uma excelente trilha sonora. O folhetim teve uma produção de primeira, porém só isso não
significa garantia de boa audiência.

Acredito que pode ter sido alguns fatores, como bom momento que a Globo vive, no ano passado o público fez as pazes com as novelas e todas foram sucesso, outra fator em que a concorrência está acomodada e não apresenta opção melhor ao público. Parte do público também é acomodado e tem o costume de deixar a TV ligada na Globo no horário esperando o "Jornal Nacional" e a novela das nove. Apesar de que nenhum desses fatores é garantia de sucesso, mas acredito que "Pega Pega" foi a soma de todos esses fatores e principalmente por ter feito a formula certa, o feijão com arroz, aquela trama onde o público não tem muito o que pensar, algo bem explicadinho, que muitas vezes é uma formula de sucesso.

A novela não tinha nenhuma novidade, mas era muito gostosa de se acompanhar e tinha um grande elenco, com personagens carismáticos e inesquecíveis, o que também ajudou muito nesse sucesso todo. E posso citar alguns personagens que deixarão saudades de quem realmente acompanhou o folhetim. Merece aplausos Mariana Santos, que queimou a língua de muita gente, inclusive a minha, que me rendi a atriz, fazendo a vilã Maria Pia, uma vilã humana e irresistível. Outro destaque foi Marcelo Serrado, como Malagueta, o casal divertido Sandra Helena e Agnaldo, interpretado por Nanda Costa e João Baldasserini. Além de Marcos Caruso, sucesso total como Pedrinho Guimarães e conseguindo se distanciar bastante de seu personagem em "A Regra do Jogo", que era bem parecido. Elizabeth Savalla - Arlete foi excelente, também é ótimo vê-la fora de papeis cômicos. Quem esteve brilhantemente foi Irene Ravache como a vilã Sabine. Também destaco Nicete Bruno e Cristina Pereira, as duas juntas, tivemos boas risadas. E não posso esquecer de Ângela Vieira, Ligia é uma das personagens que não esquecerei, mostrou ao longo da trama que era uma grande vilã.

Ponto negativo do elenco foi o casal principal, Mateus Solano e Camila Queiroz, como diria o autor Nilson Xavier, do site Teledramaturgia - "Falta de química, quando juntos. Foi um dos casais protagonistas mais insossos da história das novelas". Mas Mateus esteve bem como Eric, porém também  ficará marcado como um ponto negativo nesse fator.

A trama principal sobre o roubo no Carioca Palace, foi ficando muito rasa e no decorrer do folhetim, a autora Claudia Souto, antes que se a história se esgotasse, introduziu o “quem matou?” de um personagem que estava morto desde o início da história: Mirella, a falecida mulher de Eric (representada pela atriz Marina Rigueira). Ela só aparecia em flashbacks e mal tinha falas. Feazendo com quem realmente gostasse da novela, continuasse cada vez mais ligado.

Para o autor, Nilson Xavier, do site Teledramaturgia, essa introdução foi ótima.
"No fim das contas, o pega pega era para agarrar o assassino de Mirella e não os ladrões do Carioca Palace – outro bom motivo para a autora ter mudado o título da novela de “Pega Ladrão” para “Pega Pega“! E assim, Cláudia Souto segurou até o final, temperando com humor, apropriado para o horário. Desde o início, propositalmente, uma trama com pouco compromisso com a realidade e até infantilizada. O núcleo da delegacia estava mais para “Loucademia de Polícia : impossível levar a sério a investigação ao roubo do hotel.

Reginaldo Faria não conseguiu fugir do Brasil como em “Vale Tudo“, 30 anos atrás. A referência à clássica novela na frase de Vanessa Giácomo: “Agora a história é outra: você não vai dar uma banana pro Brasil!”

O crossover com a nova novela, “Deus Salve o Rei“, passando o bastão, fruto da imaginação das crianças. Bem bolado!

Particulamente sentirei saudades de "Pega Pega". Que venha "DSR" (Deus Salve o Rei).





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Charles no Bahia

 CHARLES: 107 jogos e 68 gols com a camisa do Bahia. Títulos: ●Campeonato Baiano: 1988 e 1991. ●Campeonato Brasileiro: 1988.