terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Mozer era clássico

 José Carlos Nepomuceno Mozer, o Mozer, quarto-zagueiro do Flamengo, nos anos 80, e do Benfica de Portugal, nos anos 80 e 90. Foi gerente de futebol do Fla de julho de 2016 a março de 2018. Ele ainda tem negócios na cidade de Lisboa-POR, sendo dono de restaurante e de uma fábrica de bolachas.


Mozer, que nasceu no dia 19 de setembro de 1960, no Rio de Janeiro (RJ), foi um dos melhores zagueiros da história do Flamengo. Ele defendeu a equipe da Gávea 1980 a 1986, onde conquistou títulos importantes entre eles os cariocas de 81 e 86, os brasileiros de 80, 82 e 83, a Libertadores de 81 e o Mundial de 81.


Zagueiro de boa técnica, Mozer realizou 34 partidas pela seleção brasileira e disputou a Copa do Mundo de 90. Ele também brilhou no Benfica, clube no qual atuou de 86 a 91 e de 93 a 96, e teve uma passagem pelo Olympique de Marselha, entre 91 e 93.


(Habilidade e facilidade em fazer gols:)


Mozer não se limitava a ser apenas um zagueiro tradicional, daqueles que costumam dar bicões e "limpar o trilho". Muito habilidoso, Mozer começou a se destacar no Flamengo. E a fazer gols. Um exemplo disso acontece no dia 11 de fevereiro de 1984, quando o Flamengo enfrentou o Santos, no Maracanã. Mozer fez dois belos gols em Rodolfo Rodriguez, grande goleiro uruguaio do Peixe, e o Fla venceu a partida por 4 a 1. O jogo era válido pela primeira fase da Libertadores da América.


(Mozer escancara mágoa e diz que foi "posto pra fora" da seleção de 94)


Ele poderia ter o invejável currículo de campeão do mundo como titular pela seleção brasileira. Mas não tem e passados 20 anos ainda não se conforma por não fazer parte do grupo do tetracampeonato. "Fui posto pra fora da seleção". É assim que o ex-zagueiro Mozer resume sua exclusão do time que jogou a Copa dos Estados Unidos.


O ex-defensor de estilo clássico e técnico fez parte do Flamengo campeão da Libertadores e do Mundial Interclubes em 1981. Jogou no Benfica e Olympique de Marselha e disputou a Copa do Mundo de 1990. No ciclo para o Mundial de 94, foi presença constante nas convocações de Carlos Alberto Parreira e esteve na lista dos 22 convocados para a Copa. Só que teve uma polêmica saída e acabou dando lugar a Aldair depois da apresentação oficial do grupo.


"Fui cortado e até hoje não sei porque não me deram a chance de estar no Mundial. Não entendo o porquê. (Os médicos) falaram que eu não poderia fazer esforço e que corria risco de morrer. A única mágoa é depois de tanta dedicação não ter o orgulho de ter sido campeão do mundo. Foi bastante frustrante, fiquei privado de ser campeão mundial", falou ao UOL Esporte.


A seleção não quis bancar sua presença no Mundial por ele ter apresentado sinais de alteração nas enzimas do fígado (transaminase), o que caracterizava um quadro de hepatite. Os médicos da equipe brasileira na época, Lídio Toledo (que já morreu) e Mauro Pompeu, fizeram novos exames que, segundo eles concluíram naquele momento, era uma hepatite não virótica, mas tóxica, causada pelo uso excessivo de anti-inflamatórios.


O jogador acabou cortado por entenderem que ele não suportaria a carga de treinamentos com esses problemas.


(Por Rogério Micheletti)



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Comemoração

 Gérson e Yoná Magalhães, no título carioca do Botafogo em 1968.