"Alma Gêmea" foi um dos maiores sucessos da TV na década de 2000, a novela Alma Gêmea, de Walcyr Carrasco, com direção geral de Jorge Fernando, exibida entre junho de 2005 e março de 2006, em 227 capítulos, possui uma legião de fãs.
Foi uma trama com imenso apelo popular, fantasiosa, claramente assumida melodramática, explorou ao máximo os recursos do folhetim, com personagens maniqueístas, uma casal romântico central forte, vilãs extremamente más e antológicas e um núcleo cômico bem popular.
Selecionei pra vocês dez curiosidades deste folhetim que fez muito sucesso:
Aprovada por e-mail
Em 2004, pouco tempo após o fim de sua novela Chocolate com Pimenta, o autor foi questionado pela direção artística da Globo: “Qual a sua próxima novela?”.
Carrasco lembrou de uma ideia concebida há tempos e que, a princípio, seria para um romance. Sequer tinha uma sinopse. Mesmo assim, resolveu submetê-la à direção da emissora.
Escreveu seis linhas relatando a ideia principal e a enviou.
“E foi a primeira novela aprovada por e-mail na TV Globo”, disse o autor durante o workshop da trama.
Plágio
O autor foi acusado de plágio. Primeiro o escritor Carlos de Andrade entrou com um processo alegando que a história de Alma Gêmea era uma cópia literal de seu livro “Chuva de Novembro”, lançado em 1997.
Depois foi Shirley Costa que processou o autor pelas semelhanças que viu entre a novela e seu romance “Rosácea”. Shirley alegou que tinha como provar que Carrasco esteve em contato com o seu livro.
No fim, o autor foi absolvido dos dois processos.
Fenômeno de audiência
Alma Gêmea tornou-se um dos maiores sucessos da década de 2000. Fenômeno de audiência, os números do Ibope na Grande SP foram considerados altos para o horário, já que, na maioria das vezes, a trama ultrapassou a audiência da novela das sete, Bang Bang, e, vez ou outra, da novela das nove, Belíssima.
Em setembro de 2005, Alma Gêmea já era o segundo programa mais assistido do Brasil. Por causa disso, a novela ganhou mais 25 capítulos e teve mais um intervalo comercial, além dos três tradicionais.
Os memes
Destaque para as vilãs vividas por Ana Lúcia Torre e Flávia Alessandra: Débora e Cristina, mãe e filha na trama, que anos depois viraram memes na internet, com imagens e gifs animados das personagens – como a frase “Enfim os refrescos!”, com um gif de Débora fazendo um brinde, e “Que hinooo!”, usado para músicas pop, com uma imagem de Cristina enlouquecida no incêndio.
Também frases relacionadas à protagonista Serena, vivida por Priscila Fantim, são hoje usadas com deboche na internet, como “Serena, você também é branca!” e a pronúncia de Serena para São Paulo: “Sapaolo”.
Núcleo cômico
Outro destaque no elenco foi Fernanda Souza, como a doce e ingênua caipirinha Mirna, formando uma divertida dupla com Crispim (Emílio Orciollo Netto), seu irmão controlador.
Também divertiram os telespectadores o casal Osvaldo e Divina (Fúlvio Stefanini e Neusa Maria Faro) e todo o núcleo da pensão de que eram proprietários.
Preparação
Para realizar a novela, Walcyr Carrasco pesquisou sobre aldeias indígenas, reencarnação e como são produzidas as rosas – sem se aprofundar nos temas e tomando bastante liberdade criativa.
O elenco recebeu aulas de prosódia, para falar como índios, caipiras e nordestinos, e sobre cultura indígena. Liliana Castro fez aulas de piano e aprendeu passos de balé. Eduardo Moscovis conheceu técnicas de enxertos e plantações de rosas.
Locações
As gravações das primeiras cenas foram realizadas em Niterói (RJ), Carrancas (MG) e Bonito (MS), onde foi construída a aldeia em que a mestiça Serena (Priscila Fantin) viveu, na primeira fase da trama.
Em São Paulo, locais históricos, como a Estação Júlio Prestes, a Pinacoteca do Estado, o Museu do Ipiranga e a Catedral da Sé.
Cenografia
A cidade cenográfica de Roseiral, construída no Projac, foi inspirada em várias localidades, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro da época em que se passa a trama (década de 1940).
Também foram usadas como referências cidades do interior paulista, como Bernardino de Campos (onde nasceu Walcyr Carrasco), e a estância hidromineral Águas de Santa Bárbara; além de municípios do Paraná, como Castro, Morretes, Antonina e Lapa.
A estufa, um dos cenários relevantes da trama, ganhou uma parte externa na cidade cenográfica e interior em estúdio. Este foi um dos ambientes mais trabalhosos por causa da manutenção das rosas.
Figurinos
Entre os destaques de figurinos e caracterizações, estava a vilã Cristina (Flávia Alessandra), em vestidos justos que abusavam das cores vermelho, roxo e vinho, com cabelos blonde fatale – como uma típica vilã de desenho animado.
E a personagem Kátia (Rita Guedes), que misturava o visual das atrizes Veronica Lake, Lana Turner e Rita Hayworth ao de Jessica Rabbit, personagem animada do filme Uma Cilada para Roger Rabbit.
Estreias
Primeira novela na Globo do ator Sidney Sampaio. Primeira novela inteira na Globo da veterana atriz Neusa Maria Faro (antes ela havia feito participações pontuais).
Primeira novela das atrizes Tammy Di Calafiori e Júlia Ruiz e dos atores Rodrigo Phavanello, Thiago Luciano, Michel Bercovitch e David Lucas (este, com 10 anos na época).
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