Sucesso absoluto
No último dia 05/01, estreou na Netflix, a nova versão de "Rebelde", o remake do fenômeno "RBD", foi produzido no México, e conta com a atriz brasileira Giovanna Grigio, como uma das estrelas no elenco.
O "RBD" coexiste no mesmo universo dos jovens do novo "Rebelde", seja pelo retorno de figuras conhecidas, como a agora diretora Celina Ferrer (Estefania Villarreal), seja pela vitrine no corredor com os uniformes clássicos, os discos de ouro e o memorável chapéu rosa da Mía Colucci (Anahí), o legado da novela e do sexteto é visível o tempo todo; isso tudo estimula uma imensa nostalgia nas pessoas.
O retorno à Elite Way School se dá no início de mais um ano letivo, quando um novo grupo de alunos sonhadores chega ao internato com instrumentos em mãos e com arrojo para compor o próximo hit das paradas do México. Os adolescentes vêm de todas as partes da América Latina - isso é reconhecimento da extensão do significado que a marca Rebelde teve por aqui nos anos 2000, e, além de personalidades bastante distintas, enfrentam dramas familiares particulares.
Acompanhar o riquinho Sebas (Alejandro Puente) se descabelando para disfarçar suas más intenções, ou simplesmente tentando ser a estrela pop que acha que é, é divertidíssimo. Da mesma maneira, ver o nascimento do romance entre Andi e a brasileira Emília (Giovanna Grigio), os flertes com a vilania do Luka e a ascensão de M.J. é maravilhoso, delicioso. E é inegável: os personagens são super bem construídos.
O novo folhetim mesmo cheio de homenagens, é muito lúcido de que público é outro, não confia somente no conservadorismo da nostalgia. Mostra que a necessidade de fazer atualizações para estar em sintonia com o mundo e, assim, ser minimamente relevante. Por isso, mais do que incluir canções originais, tendências de moda mais atuais e uma cena de sexo à la Elite, Rebelde faz algumas reparações importantes.
Na outra versão sequer cogitava dialogar com pessoas LGBTQIA+, o novo folhetim reconhece a existência de variadas sexualidades e identidades de gênero já nos seus minutos iniciais. E mais: o discurso é efetivamente posto em prática, porque a série não define seus personagens com base somente nisso. Andi, por exemplo, é lésbica, mas é também destemida, estilosa, romântica, doce, má aluna e não exatamente chegada a figuras de autoridade. Sua orientação nunca é posta em questão. Na realidade, é tão aceita quanto qualquer outro dos seus traços. A naturalidade para tocar nesse tema, embora, convenhamos, não seja nada mais do que representar a realidade como ela é, torna Rebelde mais relacionável e acaba por oferecer também aos fãs antigos uma chance de se reconhecer em tela de outra forma.
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