Angelines Fernández esteve presente Guerra Civil Espanhola e na Ditadura Franquista, na década de 1930
A grande atriz Angelines Fernández que marcou a infância de milhares de crianças latino-americanas, no papel de Dona Clotilde, popularmente conhecida como Bruxa do 71, na seriado Chaves, que por sinal é considerado um dos maiores seriados de todos tempos. Porém, antes de torar atriz, ela esteve presente no movimento antifascista.
Segundo informações do UOL, Paloma Fernández, filha da atriz, já comentou em algumas entrevista, o papel que a mãe teve na Guerra Civil Espanhola e na Ditadura Franquista, na década de 1930.
Numa entrevista ao portal oficial de Chaves, Paloma diz que Angelines participou do movimento revolucionário republicano e dos Maquis, grupo de oposição a Francisco Franco. Porém, a vida política obrigou a atriz a deixar o país de origem, a Espanha. Ela diz o seguinte "Quando atuava na guerrilha espanhola, minha mãe era classificada como antifranquista, então ela precisou deixar a terra natal, considerando que sua vida ficaria cada vez mais difícil".
Angelines fez os mesmos passos dos militantes que fugiam do fuzilamento ou da prisão e se mudou para Cuba em, 1947. Algum tempo depois, foi para o México, vivendo o resto da vida e onde ficou eternizada nas produções televisivas do país.
Mesmo sendo conhecida pela personagem cômica, a atriz teve uma longa trajetória como atriz de produções dramáticas. No entanto, foi a Bruxa do 71 que marcou a carreira da artista, que, curiosamente, morreu aos 71 anos, em 1994.
Paloma também disse o seguinte "Ela comentava comigo que se sentia triste porque ninguém queria ficar perto dela, porque tinham medo. Depois se acostumou e não se incomodava mais em ser chamada de bruxa”.
Segundo Rocío González Naranjo, professora e pesquisadora pela Universidade de Huelva e administradora no Facebook da comunidade "El día que supe que era feminista", a história de Angelines precisa ser lembrada. "Embora Chavestambém seja amplamente visto na Espanha e Angelines seja muito amada, sua história, infelizmente, foi silenciada [...] Ela e todas as mulheres antifascistas inspiraram muitas outras. E continuamos lutando não apenas pelo reconhecimento delas nos livros de história, mas também por igualdade salarial e contra os vários tipos de violência que podemos sofrer”, afirma a pesquisadora em entrevista ao Universa do Uol.
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