Gilberto Braga provavelmente foi o autor de novelas mais importantes da história da Globo. Inclusive até mais que sua mestra Janete Clair, que é a rainha do melodrama. E não só sou eu que digo isso, seus colegas também dizem, como Lauro Cesar Muniz, por exemplo.
De acordo com os temas que desenvolveu em seus folhetins, pela comunicação que alcançou com o telespectador, como retratou a classe média e a elite carioca, pela número de sucessos que emplacou, Giba como é carinhosamente conhecido não tem rival no lugar mais alto da dramaturgia da emissora.
Só você citar alguns trabalhos que o mestre produziu, e nem tem a necessidade de explicar a importância que tiveram. As tramas de Gilberto Braga estão fixadas na memória dos brasileiros, seja pelos personagens memoráveis, pelos diáglos fantásticos ou pelas cenas antológicas e impactantes que criou.
Impossível não lembrar de Julia Matos, vivida por Sonia Braga, Maria de Fátima, papel de Glória Pires, Beatriz Segall magistralmente feita por Beatriz Segall. Lurdinha, Maria Lucia e Maria Clara, ambas interpretadas por Malu Mader, a cachorrona Laura e Heloisa, incrivelmente feitas por Claudia Abreu. A dupla Bebel e Olavo, vividos por Camila Pitanga e Wagner Moura; e tantos outros.
Infelizmente ele saiu de cena sem emplacar novos trabalhos, seu último, lamentavelmente sofreu rejeição, do público, da ala conservadora, da chata família tradicional, e a trama acabou sendo um fiasco de audiência, porém com certeza, muita gente também lembra de coisas boas de "Babilônia", inclusive seu texto era tão grandioso, que em algumas foi uma tapa na cara dessa sociedade que o rejeitou.
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