Meia/atacante está em Angola e acompanha os clubes pelo qual passou
Com boas passagens por Santos e Palmeiras, que no próximo sábado disputarão a final da Libertadores da América, o meia/atacante Maikon Leite, vive um momento diferente na carreira. Atualmente, aos 32 anos, o jogador defende o Petro de Luanda, de Angola, onde se transferiu no meio do ano passado.
Porém mesmo distante, o atleta vive a espera de acompanhar a decisão entre seus ex-clubes no próximo sábado, inclusive pelo Santos, Maikon Leite foi campeão da Libertadores em 2011, e no ano seguinte foi campeão da Copa do Brasil, pelo Palmeiras.
Numa entrevista o jogador diz que vai acompanhar a final e que talvez, seja a final mais equilibrada dos últimos anos.
_Eu vou acompanhar, claro. Vou assistir por aqui, sem dúvida nenhuma. E eu vejo como, talvez, a final mais equilibrada dos últimos anos. São duas equipes muito qualificadas. Vejo as duas no mesmo nível. É um jogo onde pode acontecer de tudo. São dois times que estão bem treinados, chegaram com total mérito, ganhando de duas potências nas semifinais. Então vai ser um jogo bem duro e bem interessante de assistir.
Maikon Leite foi revelado pelo Santo André e ganhou notoriedade no Peixe, onde esteve entre 2008 e 2011. Todavia, nesse período, porém, integrou os times campeões paulistas em 2010 e 2011, da Copa do Brasil em 2010 e da Libertadores em 2011. Inclusive no tri da Libertadores, em 2011, liderado por Neymar, Maikon marcou um gol na vitória sobre o Cerro Porteño, no Paraguai, pela fase de grupos, que foi muito importante para o Peixe se classificar ao mata-mata.
Só que em junho do mesmo ano, ele acertou sua transferência para o rival Palmeiras, onde já havia assinado pré-contrato. Por lá, como já pronunciamos, ele foi da Copa do Brasil em 2012, entretando no fim da temporada, acabou rebaixado a Série B do Brasileiro. Depois empréstimos em 2013 e 2014, chegou a retornar ao Palmeiras no início de 2015, porém, em seguida, voltou a ser emprestado até que se transferiu em definitivo para o Toluca, do México, em 2016.
Na entrevista o jogador que diz que não tem preferência para quem ganhe a Liberta de 2020, com a final agora em janeiro devido a pandemia da Covid-19.
– Nessa final estou no "tanto faz", literalmente. Não tenho preferência. Fui campeão nas duas equipes. Fui mais vezes campeão no Santos, fui mais feliz no Santos, mas é igual. Quem for campeão eu vou estar feliz.
Atual momento no futebol angolano
Além de Santos e Palmeiras, o meia/atacante defendeu vários clubes no futebol brasileiro. Jogou no Atlético Paranaense, Náutico, Sport, Bahia, Ceará, Figueirense e Brasiliense, foi campeão da Copa do Nordeste pelo Bahia em 2017 e do Campeonato Catarinense pelo Figueirense em 2018. Maikon também atuou pelo Atlas e pelo Toluca, do México, e pelo Al Shaab, dos Emirados Árabes Unidos.
Para 2020 ele fechou com o Amazonas FC para a disputa do Campeonato Amazonense, permanecendo no clube até junho. Em seguida, partiu para outro grande desafio, no continente africano, para jogar no Atlético Petróleos de Luanda, time da capital de Angola.
Maikon contou numa entrevista vinculada pelo globoesporte.com a experiência em Angola.
– No começo do ano passado, tive a passagem pelo Amazonas. Depois teve a pandemia e parou tudo. Aí no meio do ano, por meio de um amigo que já jogou aqui no clube onde estou, ele me disse que perguntaram de mim para ele. Ele passou o contato para o diretor, que me ligou. Nós tivemos uma conversa bem direta, e o que me motivou a vir para cá é que é o maior clube de Angola. É um clube que disputa a Liga dos Campeões da África. Então estar em um grande clube, com a possibilidade de jogar uma Liga dos Campeões, que é como se fosse a Libertadores no Brasil, e podendo, quem sabe, vencer e jogar um Mundial, acho que isso foi minha maior motivação para vir para cá. A adaptação foi bem tranquila. Tem dois brasileiros no time. Dois membros da comissão também são brasileiros. Aqui eles falam português, eles comem nosso arroz e feijão, então a comida também é importante. E o clima é bem parecido com o Nordeste do Brasil, muito quente. É uma realidade diferente, mas não tive problema de adaptação em lugares bem mais difíceis, como os Emirados Árabes, então aqui está tudo tranquilo. Estou em casa, bem à vontade mesmo. Eu encontrei um futebol de muita força, com jogadores bem fortes fisicamente. A base do time é praticamente de todos angolanos, alguns da seleção também. São jogadores bons tecnicamente. Minha adaptação está tranquila. Estou jogando, já dei assistências. Me trataram super bem, estou me sentindo muito à vontade. Agora é dar continuidade no trabalho, porque a caminhada é longa. É um jogo atrás de outro, mas estamos no caminho certo. - afirma o jogador.
Aos 32 anos, Maikon Leite ainda vê um longo caminho pela frente em sua carreira. Mesmo estando focado em atual clube, onde tem contrato até o meio de 2021, ele afirma ter propostas de times brasileiros para um possível retorno.
– O futebol é muito dinâmico. Não tem como a gente cravar alguma coisa. Mas eu ainda penso em jogar um bom tempo. Não estou com pensamento de final de carreira. Estou com 32 anos e tenho lenha para queimar. Mas sempre com pé no chão. Já tenho propostas do Brasil. Inclusive, se quisesse voltar hoje ou no meio do ano, já tenho propostas do Brasil e de fora também. Tenho contrato aqui até o meio do ano. Muita coisa pode acontecer. Pode ser que a gente renove, ou pode ser que eu volte para o Brasil. Vou viver meu dia a dia aqui, dar o meu melhor e, no meio do ano, quando se encerrar aqui, eu sento com meus representantes e a gente analisa qual vai ser a sequência da carreira. Mas voltar para o Brasil é uma possibilidade, e eu ainda vislumbro jogar em clubes grandes do Brasil também. Vamos ver o que esse futuro me reserva. - encerra o meia/atacante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário