MANÉ EM SEU TIME DE CORAÇÃO!
No segundo semestre 1968, os craques do Flamengo na época fizeram um coro liderado por Paulo Henrique, Murilo, Carlinhos e Silva para comissão técnica trazer Garrincha que tinha ainda o passe vinculado ao Corinthians.
Forma física estava bem longe da ideal e o vício da bebida começava a minar sua saúde com o passar dos anos.
Dirigentes rubro-negros trouxeram o Mané naquele ano; sua estréia porém demorou um pouco para acontecer.
Estreou contra o Vasco, a imprensa carioca muito otimista noticiava o renascimento do Mané das Copas de 58 e 62. Infelizmente foi terrivelmente anulado por Eberval. Paulo Henrique depois contou que o lateral vascaíno foi desleal e violento, entradas duras sem misericórdia alguma do ídolo mundial que estava voltando a se reerguer de problemas físicos. Chegou levantar a torcida com duas jogadas características, largando o "joão" pra trás com drible pela direita. Mané sai estourado no intervalo e o Vasco venceu por 2x0.
Esse jogo foi o ultimo do torneio Roberto Gomes Pedrosa e o Flamengo para aproveitar a presença de Garrincha que lotam estádios, propôs uma série de amistosos pelo norte e nordeste. Foi bem frustrante esse período segundo Ruy Castro, aumento de peso e o consumo excessivo na bebida.
Aquele Vasco e Flamengo com 80 mil pessoas no Maracanã, talvez seja sua última aparição profissional.
Cada expectativa em ver Garrincha, o "anjo das pernas tortas", era um entusiasmo que envolvia uma áurea de retorno daquele que voltará a ser o que é.
Típico do povo brasileiro...
A decadência melancólica ao som da emblemática música Moacyr Franco em sua música "Balada Numero 7", é de cortar o coração:
"Cadê você? cade você? Você passou!"
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