Timão consegue de forma invicta tão
obcecada conquista
Depois de tantos anos de angustia,
recebendo piadas, o dia tão sonhado dos corintianos e nunca esperado pelos
rivais chegou, muitos acreditavam que não estariam vivos para presenciar este
momento, ainda mais da maneira que foi; o Corinthians conquistou a Taça
Libertadora da América, numa campanha impecável, de maneira invicta foi
deixando seus adversários pra trás, inclusive o forte Vasco (que deu imenso
trabalho nos dois jogos), os favoritos Santos nas semifinais e o Boca na grande
decisão.
Numa decisão memorável, foram dois jogos
mais do que inesquecíveis, esses dois jogos, se tornaram ao lado da decisão do
Paulistão de 1977, contra a Ponte Preta (quando o time estava há 23 sem título
paulista), os jogos mais importantes da história do clube, mais importante até
do que a final do Mundial de 2000, contra o Vasco, no Maracanã.
Semana passada em Buenos Aires , dentro
de campo, houve um espetáculo até melhor, do que o da noite de ontem, mas ontem
foi bem a cara do Corinthians, sofrido, com suspense, e gols de raça.
Um dos grandes heróis dessa conquista foi o
atacante Emerson, o Sheik simplesmente fez os dois gols da decisão,
enlouquecendo a Fiel, que lotou o Pacaembu, fez festas pelas ruas de São Paulo.
Sem brincadeira, a final da Libertadores deste ano, a primeira que o Timão
conseguiu chegar e conquistar, foi quase tão importante e repercutida como uma
final de Copa do Mundo, o assunto se transformou no mito das redes sociais
Twitter, Facebook, além de tomar conta de milhões de sites, na televisão também
não se falava em outra coisa; mostrando a cobertura completa deste grande
espetáculo.
Ao falar de Sheik, posso dizer sem medo de
errar, que é o novo talismã da Fiel, primeiro por ter sido peça importante na
conquista do Brasileirão do ano passado (o jogador é carismático, talentoso e é
o único jogador a ser tricampeão brasileiro seguido por três equipes
diferentes, Flamengo em 2009, Fluminense 2010 e Corinthians 2011). Emerson
entra de vez para a história da Fiel, provou ser talismã no primeiro jogo da
semifinal diante do Santos, na Vila Belmiro, quando marcou um golaço, na
vitória de 1x0; gol este que deu um importante passo para o time estar na
decisão. Nas finais no confronto de ida na Argentina, deu passe para o jovem
Romarinho marca o gol de empate, que deu um pouco de tranqüilidade para o jogo
de volta e ontem fez a data 04 de julho se tornar mais do inesquecível no
coração da Fiel, fez os dois gols, além disso, foi o artilheiro do time na
competição. Sheik se iguala a talismãs como Basílio-1977 e Tupãzinho-1990.
Entrou de vez no patamar dos maiores ídolos da história corintiana.
Uma campanha sem colocar defeito, 14 jogos,
sofreu apenas quatro gols, vai demorar bastante para alguém quebrar esse
recorde, Tite construiu uma equipe compacta, solida forte e vencedora. Um meio
de campo inesquecível, uma dupla blindada de volantes, a melhor do Brasil.
O treinador veio para equipe com uma escola
gaucha, de marcação, aplicação defensiva, fez Leandro Castán jogar bem. O time
não era tão badalado como os da era Marcelinho 99/2000 ou do Fenômeno Ronaldo
em 2010, o time da edição de 2012 tem talento sim, mas víamos muita aplicação
defensiva.
A história dessa Libertadores, tem
capítulos curiosos e que apresenta dois nomes para Fiel, o goleiro Cássio que
assumiu a vaga de titular, após as falhas de Julio Cesar no Paulistão e o jovem
Romarinho, recém contrato ao Bragantino, a estrela do menino já havia brilhado
no clássico contra o Palmeiras, pelo Brasileiro, onde o menino marcou 2
golaços, na vitória de virada de 2x1, três dias depois o menino entra aos 36 do
segundo tempo, em La
Bombonera com time perdendo de 1x0, com muito talento e
frieza, após receber passe de Sheik, toca por cima do arqueiro fazendo o gol de
empate.
De acordo com o jovem Gabriel Tinoco,
venceu de fato o melhor time. _ O melhor time da América, não podemos discordar
de que é o time mais compacto, com mais jogadores empenhados a fazer um futebol
que é a cara da escola gaúcha: marcação em todos os setores do campo com um
jogo veloz e eficiente. O Boca levou a libertadores toda com um time muito bem
montado, marcando com posicionamento e dependendo do trio ofensivo. Hoje não se
viu Mouche e Riquelme em campo e não entendo o porquê do Cvitanich não ser
titular no lugar do folclórico Santiago Silva. Muito se comparou com o Boca de
outros tempos, que montava times com jogadores de peso em todas as posições do
campo e na frente teve o maior trio de ataque formado na América do Sul nos
últimos 20 anos. Eu odeio o Corinthians, mas o futebol necessita da vitória do
melhor, independente do futebol praticado. Parabéns pelo estilo de jogo moderno
do Tite, parabéns ao Sheik por se mostrar jogador de Libertadores, parabéns a
melhor dupla de volantes do Brasil e a inteligência do meio-campo, parabéns ao
baita zagueiro que se revelou o Castán e ao líder Chicão, parabéns a técnica do
Jorge Henrique, a velocidade do Alessandro, parabéns a segurança do garoto
Cássio e para finalizar, não, eu não vou parabenizar Fábio Santos!
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